Primeiro-ministro turco promete eliminar partido curdo após ataque
O primeiro-ministro turco, o islamita-conservador Ahmet Davutoglu, prometeu hoje "limpar" a Turquia do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), um dia após um ataque que vitimou 16 soldados no sudeste do país, de maioria curda.
© Reuters
Mundo Ahmet Davutoglu
"Aconteça o que acontecer, é preciso limpar essas montanhas desses terroristas. É tudo!", declarou Davutoglu perante os media. "As montanhas deste país não serão abandonadas aos terroristas. Faremos tudo para o impedir", insistiu, numa referência aos rebeldes curdos.
Após 24 horas de um silêncio que alimentou numerosos rumores, o estado-maior do exército turco informou hoje que 16 soldados foram mortos e seis ficaram feridos num ataque desencadeado pela guerrilha curda do PKK contra um comboio militar na localidade de Daglica, província de Hakkari, perto da fronteira com o Iraque.
O comunicado precisa que os 16 militares, transportados em dois veículos blindados, foram mortos no domingo após a detonação de explosivos de fabrico caseiro na estrada entre Daglica e Yuksekova. A vida dos seis soldados feridos não corre perigo, acrescenta o texto.
O atentado de domingo foi o mais sangrento do PKK desde fim do cessar-fogo com o Estado turco, quebrado em finais de julho pelas duas partes na sequência de uma série de incidentes sangrentos.
Em resposta, o exército desencadeou de imediato uma operação aérea na zona com aviões de combate que bombardearam 23 objetivos do PKK.
Na declaração transmitida hoje pela cadeia de televisão CNNTurk, o primeiro-ministro condenou os que difundem "propaganda negra", especulando sobre um número mais elevado de baixas, e anunciou que vai reunir-se com o líder do principal partido da oposição, o social-democrata Kemal Kiliçdaroglu.
A agência curda Firat, ao citar fontes do PKK, assegurou hoje que pelo menos 32 soldados, incluindo um tenente-coronel, foram mortos no ataque. O diário turco Cumhuriyet também informou que entre os mortos se inclui um tenente-coronel.
Cerca de 100 militares e polícias turcos foram mortos desde o final do cessar-fogo em diversos ataques e atentados atribuídos à guerrilha curda. Por sua vez, Ancara reivindica a morte de "pelo menos 1.000 terroristas" desde o reinício das hostilidades.
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