O ataque "desmascarou o verdadeiro papel que Israel tem, em colaboração com forças estrangeiras inimigas e os seus agentes no solo sírio, para desestabilizar a Síria e a enfraquecer", afirmou Assad durante um encontro com o chefe do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irão, Said Jalili.
"A Síria, apoiada pela lucidez do seu povo, o poder do seu exército e o seu compromisso com a política da resistência, é capaz de enfrentar os atuais desafios e qualquer agressão contra o povo sírio e o seu papel histórico", acrescentou Assad.
Said Jalili, por seu lado, reafirmou a vontade do Irão, principal aliado do regime sírio, de trabalhar em "coordenação permanente com a Síria contra as conspirações e os planos estrangeiros que visam desestabilizar a segurança na região".
O ataque da aviação israelita foi hoje implicitamente confirmado pelo ministro da Defesa de Israel.
"Não posso acrescentar nada ao que têm lido nos jornais sobre o que aconteceu na Síria há uns dias. É mais uma prova de que quando dizemos uma coisa estamos a falar a sério", disse Ehud Barak na Conferência de Segurança de Munique.
O ataque de quarta-feira visou mísseis terra-ar e um complexo militar adjacente que se supõe servir para armazenar armas químicas, segundo um responsável norte-americano citado sob condição de anonimato pela imprensa internacional.
Nos dias que antecederam o ataque, vários responsáveis israelitas advertiram para o risco que representa a reserva de armas do regime sírio, sobretudo se for transferida para o movimento radical libanês Hezbollah, aliado do Irão e que travou uma guerra com Israel em 2006.