Cabo Verde conhece as suas '7 Maravilhas Naturais' em Dezembro
Cabo Verde vai conhecer as suas '7 Maravilhas Naturais' em Dezembro deste ano, devendo, até Julho, estar concluída a identificação das paisagens singulares de cada um dos 22 municípios e das nove ilhas habitadas.
© Lusa
Mundo Paisagens
A iniciativa é da Rede de Parlamentares para o Ambiente, Luta contra a Desertificação e a Pobreza, que congrega 46 dos 72 deputados à Assembleia Nacional (AN).
A rede pretende preservar o património histórico de Cabo Verde, entendendo que falta sensibilização e sobretudo legislação para o proteger.
Numa conferência de imprensa, a porta-voz da rede, a deputada Eunice Silva, do Movimento para a Democracia (MpD, oposição), explicou que cada um dos 22 concelhos vai escolher sete "maravilhas" - num total de 154 - para, depois, eleger as também sete mais emblemáticas de cada uma das nove ilhas habitadas.
E é nessa altura em que entra o júri, que envolve deputados e entidades da sociedade civil, como universidades, igrejas, organizações não-governamentais e comunicação social, para eleger, entre as 63 candidaturas, as sete maravilhas de Cabo Verde.
"Cabo Verde possui um património natural que dá corpo a paisagens de cariz singular, traduzido em parques e monumentos naturais, enseadas, baías e praias, falésias e grutas, além de espaços e sítios de interesse histórico, cultural, científico e turístico, que constituem um activo económico e identitário da 'Nação Crioula'", referiu Eunice Silva.
Para a deputada do MpD na comissão, que conta também com Euclides de Pina, do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder), os desafios relacionados com o ambiente não podem e não devem ser ignorados.
"O património natural constitui um dos pilares da economia de Cabo Verde, pela importância para o turismo e pelo poder de atrair capital externo. A preservação do património natural torna-se imprescindível para o progresso económico, a redução da pobreza, e a melhoria do bem-estar da população a longo prazo", sustentou.
"A destruição permanente do património natural, além de uma tragédia ambiental, constitui também uma tragédia socioeconómica, devido ao impacto negativo e permanente na capacidade do país de crescer, de se financiar e de se desenvolver", concluiu.
A iniciativa foi idealizada em Janeiro de 2012, mas só em Julho do mesmo ano se procedeu à primeira reunião, tendo então ficado delineado o plano de acção que, até Julho próximo, vai envolver municípios, estudantes e todos os que queiram participar no processo, concluiu Eunice Silva.
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