Segundo o Telegraph, o mesmo estudo revela que os casais que trocam alianças antes de terem filhos têm 70% mais hipóteses de nunca assinar os papéis do divórcio. Já os que casam depois de os filhos nascerem tendem a separar-se mais tarde ou mais cedo.
A investigação levada a cabo no Reino Unido pela Fundação do Casamento concluiu ainda que os casais que dão início a uma família mas nunca se casam estão três vezes mais aptos a separarem-se antes que os filhos cheguem à adolescência.
Para o criador da fundação, Sir Paul Coleridge, estes resultados vêm deitar por terra o 'mito' de que uma relação em união de facto é tão estável como um casamento.
Para chegar a estas conclusões, o grupo de investigadores liderado pelo professor Stephen McKay da Universidade de Lincoln, entrevistou 1.800 mães com, pelo menos, um filho entre os 14 e os 15 anos.
Esta amostra foi depois dividida em três grupos: as que casaram antes de ter filhos, as que se casaram depois de os filhos nascerem e as que vivem em união de facto.
Quase 76% das mulheres do primeiro grupo continuam casadas com o pai dos filhos no momento em que estes chegam à adolescência, enquanto 44% das mulheres do segundo grupo e 31% do terceiro se separaram antes que os filhos se tornassem adolescentes.
Relativamente a divórcios, no primeiro grupo verificou-se uma incidência de 24% contra os 69% registados entre os casais que deram o nó depois de os filhos nascerem.
Dos casais que continuam juntos quando os filhos alcançam a puberdade, 93% são casados, a maior parte destes antes mesmo do primeiro filho nascer.
O diretor do departamento de investigação da Fundação, Harry Benson, explica que estes resultados deitam por terra outro ‘mito’ referente aos casamentos: “Este estudo é muito interessante pois mostra que a educação e a idade não ditam o sucesso das relações, como se pensava anteriormente”.