Principais ataques dos 'jihadistas' contra o património do Iraque
A destruição com bulldozers da cidade histórica de Nimrud, um dos locais mais importantes da antiga Mesopotâmia, foi o último ataque dos 'jihadistas' do grupo do Estado Islâmico (EI) contra o rico património iraquiano.
© Reuters
Mundo Bagdad
No âmbito de uma campanha que pretende apagar todos os vestígios históricos nesta região, os 'jihadistas' do EI perpetraram ataques contra oito locais e monumentos de grande relevância.
Lista dos principais locais e monumentos destruídos pelos 'jihadistas' do Estado Islâmico:
- Nimrud:
Fundada há mais de 3.300 anos, a cidade, que originalmente foi designada com Kalhu, é um dos locais arqueológicos iraquianos mais conhecidos e um dos locais mais importantes da antiga Mesopotâmia. Situa-se nas margens do Tigre, a cerca de 30 quilómetros a sudeste de Mossul (norte do Iraque).
Segundo o governo iraquiano, o EI começou a destruir a cidade na quinta-feira. A UNESCO (Organização das Nações para a Educação, Ciência e Cultura) comparou este ataque a um "crime de guerra".
- Museu de Mossul:
Depois do Museu Nacional do Iraque, em Bagdad, o Museu de Mossul é o mais importante museu iraquiano. Um vídeo divulgado a 26 de fevereiro último, de cerca de cinco minutos, mostrou vários homens do EI a deitarem estátuas abaixo e a destruírem-nas com martelos pesados.
Algumas das estátuas eram provenientes de Nimrud e de Hatra, um local do período romano, que poderá ser o próximo alvo dos 'jihadistas'.
Segundo responsáveis do setor das antiguidades, cerca de 90 obras foram destruídas ou ficaram danificadas. A maioria das obras era original.
A destruição destas peças provocou uma consternação generalizada, com arqueólogos e especialistas em património a compararem o ato do EI com a demolição dos Budas de Bamiyan no Afeganistão, perpetrada pelos talibãs em 2001.
- Mausoléu de Nabi Younis:
O túmulo do profeta Jonas (citado na Bíblia e no Corão), também conhecido com o nome de Nabi Younis, é um dos mausoléus mais conhecidos de Mossul e um importante lugar de peregrinação. A 24 de julho de 2014, membros do EI explodem o local diante de uma multidão.
- Biblioteca de Mossul:
Milhares de livros e de manuscritos raros são queimados em fevereiro de 2014. A UNESCO descreveu a destruição destas obras como uma nova fase da campanha de "limpeza cultural" dos 'jihadistas'.
- Antiga Cidadela de Tal Afar:
Fotografias divulgadas em janeiro último mostram os muros da antiga cidadela de Tal Afar, cidade a oeste de Mossul controlada pelos 'jihadistas', bastante danificados. Os danos terão sido feitos em finais de dezembro de 2014 e o início de janeiro de 2015.
- Estátua de Abu Tammam:
A estátua de Abu Tammam, um poeta árabe nascido no século nove, é destruída em junho de 2014. O poeta, que viveu em Mossul, compôs "Hamassa", uma das grandes antologias da literatura árabe.
- Igreja Verde:
Imponente símbolo da presença cristã no Médio Oriente, a catedral, também conhecida como "Igreja Verde", foi fundada há cerca de 1.300 anos.
Foi considerada como o edifício mais conhecido da cidade de Tikrit (norte). Em 1258, a igreja foi cenário de um massacre de assírios por invasores mongóis.
A igreja foi destruída em finais de setembro ou nos primeiros dias de outubro de 2014.
- Mausoléu de Al-Arbain:
O mausoléu de Al-Arbain, conhecido por ser o local onde estão sepultados 40 figuras do Islamismo, incluindo companheiros do profeta Maomé, é destruído em setembro de 2014.
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