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Tomada de reféns no leste de Paris deixa residentes em choque

Sirenes de ambulâncias e o ruído de helicópteros ecoam em todo o bairro parisiense da Porte de Vincennes, no leste da capital francesa, onde o tráfego foi cortado pela polícia, depois um homem armado ter feito reféns num supermercado.

Tomada de reféns no leste de Paris deixa residentes em choque
Notícias ao Minuto

14:21 - 09/01/15 por Lusa

Mundo Medo

O supermercado Hyper Cacher, uma loja 'Kosher' (judaica), encontra-se na avenida Cours de Vincennes, mas o acesso está barrado a toda a gente, incluindo a jornalistas, repetem os polícias, "por uma questão de segurança". Uma via circular nas imediações do supermercado foi também cortada ao tráfego.

Michelle Buguet fumava um cigarro em frente à sua loja de roupa, quando uma multidão começou a recuar no Boulevard Davout em direção a ela. A polícia obriga-a a fechar a porta e a descer a grelha da montra.

Minutos antes, a mulher de 43 anos falava tranquilamente à Lusa: "Não me apercebi de nada, foi um amigo que me ligou para me prevenir sobre o tiroteio que estava a acontecer no bairro onde trabalhava. Vi que havia polícia por todo o lado e um agente disse-me para não sair daqui porque havia uma tomada de reféns, de cinco pessoas", conta.

Os polícias insistem para que todos recuem e Hakima Zaouia, de 45 anos, habitante do bairro está preocupada.

"Vim saber se podia ir buscar a minha filha Myriam à escola que tem doze anos. Mas o diretor fechou a escola. Estou um pouco preocupada, claro!".

Também Audrey Berliner se encontrava no Boulevard Davout: "Estava a passear na rua e a polícia começou a chegar. Cinco minutos depois disseram-nos para ir embora", descreve.

"Não tenho medo do que se passa neste momento em Paris", acrescenta, debaixo do ruído do helicóptero.

Entretanto, um grupo de adolescentes vindas de uma rua perpendicular comenta o que acaba de se passar.

Sarah Daoudi ouviu um tiro do outro lado da ponte onde se encontra o supermercado e foi ver o que se passava.

"Estava perto, via o edifício onde estava a mercearia. Vimos os reféns sair. Eles estavam aterrorizados. Aproximei-me e vi toda a maquilhagem da rapariga desfeita. Havia duas velhinhas, um velhinho, um casal, duas raparigas e um rapaz", conta.

Sarah é muçulmana e afirma que o que se passou esta semana em Paris é muito triste e que "no Corão não está escrito que podemos matar a sangue frio".

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