"Este não é um ato de humanos, é um ato animal! Eles tomaram tudo à força: terras, casas, famílias e vidas", disse Anwar Ibrahim numa mensagem difundida hoje através das redes sociais.
A mesma publicação mostrava fotografias de um evento de apoio à Palestina, que decorreu na Malásia, no domingo e que contou com a presença de centenas de pessoas.
A guerra em Gaza começou após o ataque do Hamas contra território israelita e que fez 1.200 mortos, em outubro de 2023.
A resposta de grande envergadura de Israel fez até ao momento, 62.600 mortos, segundo as autoridades de Gaza controladas pelo Hamas.
Anwar Ibrahim afirmou que a Malásia, país de maioria muçulmana e que não reconhece o Estado de Israel, vai intensificar o "apoio à luta pela libertação da Palestina".
Neste sentido, o chefe do executivo malaio anunciou uma nova ajuda à Palestina equivalente a 20 milhões de euros.
O primeiro-ministro do Governo de Kuala Lumpur disse ainda que durante várias décadas, os territórios palestinianos foram confiscados e que as casas foram destruídas, além de outros equipamentos e instituições.
"As escolas foram demolidas e até as mesquitas e as igrejas não foram poupadas à agressão sionista. O que está a acontecer hoje em Gaza não é apenas uma guerra, mas a forma mais cruel e desumana de ocupação", disse.
Tanto a Malásia como a Indonésia --- o país com a maior população muçulmana do mundo --- lideraram a defesa da Palestina na Ásia, de onde foi mobilizada a ajuda para o enclave, com um recente carregamento de alimentos e medicamentos lançado, no princípio do mês, por duas aeronaves militares indonésias.
Na sexta-feira, a Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC) confirmou pela primeira vez a ocorrência de fome na cidade Gaza, a zona mais populosa do enclave costeiro palestiniano.
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou no mesmo dia que a fome afeta a cidade de Gaza e as zonas vizinhas, afetando meio milhão de pessoas que correm o risco de morte.
Israel continua a ofensiva militar contra a Faixa de Gaza, alegando ameaças à segurança.
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