Sudão. Pelo menos 89 civis mortos em novos ataques das RSF em dez dias

Pelo menos 89 civis foram mortos em dez dias em "ataques brutais" das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) em Al-Fashir, Sudão, denunciou hoje a Organização das Nações Unidas (ONU).

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© Reuters

Lusa
22/08/2025 15:40 ‧ há 2 horas por Lusa

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Os ataques ocorreram em certas áreas da cidade e num campo adjacente de deslocados, e teme-se que o número real de civis mortos seja maior, declarou o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, indicando que, na mais recente onda de assassínios de civis, 16 dos casos aparentam tratar-se de execuções sumárias.

 

Segundo as informações recolhidas pelo gabinete de Volker Türk, a maioria das vítimas foi morta no campo de Abu Shouk - um dos dois campos de deslocados nos arredores de Al-Fashir - e pertenciam à tribo africana Zaghawa.

"Noutro caso, na zona de Al-Fashir, perguntaram a uma vítima a que tribo pertencia. Ela foi morta depois de responder que era da tribo africana Berti", o que levanta a suspeita de um aumento da violência por motivos étnicos, comentou Türk.

Outras denúncias recebidas pelo Alto Comissário no terreno indicam que, em ataques ocorridos em 16 deste mês, pelo menos 40 homens, que eram deslocados internos, foram sequestrados.

"A situação humanitária em Al-Fashir atingiu um ponto crítico após mais de um ano de cerco", denunciou Türk, acrescentando que "existe um risco crescente de fome tanto na cidade como noutras zonas do Darfur do Norte".

Nesta região, a fome alastra e os comboios humanitários que transportam ajuda para a população são regularmente alvo de ataques.

Na quarta-feira, um comboio humanitário da ONU composto por 16 camiões com alimentos foi atingido por bombardeamentos aéreos em Mellit, Darfur do Norte, sendo que três dos camiões ficaram danificados.

A guerra no Sudão, que eclodiu a 15 de abril de 2023, causou dezenas de milhares de mortes e deslocou milhões de pessoas, tornando o país palco da "pior crise humanitária", segundo a ONU.

Leia Também: ONU e União Africana pedem "pausas humanitárias" no Sudão

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