As autoridades locais indicaram que as vítimas mortais são um elemento do Corpo de Operações Especiais Assayish, um efetivo dos serviços antiterrorismo e outro das forças de Comando, na cidade de Sulaymaniyah.
Uma fonte dos serviços de segurança, que não foi identificada, disse à agência de notícias France Presse (AFP), que as mortes ocorreram quando as autoridades se preparavam para deter Lahur Sheikh Jangi, membro da família Talabani.
Jangi, de 50 anos, foi fundador da União Patriótica do Curdistão (PUK), um dos dois partidos curdos que controlam Sulaymaniyah, a segunda maior cidade do norte do Iraque.
Esta é a segunda detenção de um opositor em menos de duas semanas na mesma cidade.
Lahur Jangi rendeu-se depois de várias horas de confrontos armados junto a um hotel, numa zona central da cidade, onde se tinha refugiado.
O irmão do líder do partido ficou ferido numa perna e também foi detido, disse o responsável das forças de segurança à AFP.
Os confrontos armados começaram quando as forças de segurança invadiram o local e prolongaram-se por quatro horas.
O porta-voz do tribunal de Sulaymaniyah, o juiz Salah Hassan, indicou que tinha sido emitido na quinta-feira um mandado de detenção de Jangi e vários elementos da mesma família "por perturbações da segurança e da estabilidade" na região.
O juiz especificou que o detido pode vir a ser condenado a sete anos de prisão.
Em 2021, surgiram divergências entre os irmãos de Lahur Sheikh Jangi e dois primos, Bafel e Qubad Talabani, tendo este sido gradualmente afastado do poder e dos cargos de segurança que ocupava.
Jangi fundou e liderou o serviço curdo de contraterrorismo em Sulaymaniyah durante mais de uma década.
Na capital regional do Curdistão iraquiano, Erbil, o primeiro-ministro, Masrour Barzani, pediu moderação a todas as partes.
"Qualquer problema ou litígio deve ser resolvido por vias legais", disse.
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