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Israel nega fome em Gaza e acusa ONU de ouvir "mentiras do Hamas"

Israel rejeitou hoje que haja fome em Gaza como foi declarado pela ONU, que acusou de se ter baseado "nas mentiras do Hamas", o grupo extremista palestiniano que controla a Faixa de Gaza.

Israel nega fome em Gaza e acusa ONU de ouvir "mentiras do Hamas"

© Lusa

Lusa
22/08/2025 11:31 ‧ há 1 mês por Lusa

"Não há fome em Gaza", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita num comunicado, ao reagir à declaração oficial do Quadro Integrado de Classificação da Segurança Alimentar (IPC, na sigla em inglês), organismo da ONU com sede em Roma.

 

O IPC declarou a fome na província de Gaza, o que acontece pela primeira vez no Médio Oriente, e avisou que a situação deverá estender-se às províncias de Deir el-Balah (centro) e Khan Yunis (sul) até ao final de setembro.

A declaração foi feita depois de especialistas terem alertado que 500.000 pessoas se encontravam numa situação catastrófica no território devastado por uma ofensiva militar israelita desde outubro de 2023.

O IPC "acaba de publicar um relatório feito à medida para a falsa campanha do Hamas", disse a diplomacia de Israel num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Para Israel, que acusou o IPC de ter ignorado as próprias regras e critérios, o relatório baseia-se "nas mentiras do Hamas, branqueadas por organizações com interesses particulares".

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Segundo a ONU, há mais de 500 mil pessoas a enfrentar "condições catastróficas caracterizadas por fome, miséria e morte". Em contrapartida, Israel diz que o relatório "baseia-se em mentiras do Hamas".

Márcia Guímaro Rodrigues | 10:15 - 22/08/2025

O ministério acrescentou que nas últimas semanas, a Faixa de Gaza "foi inundada por um afluxo maciço de ajuda em bens de primeira necessidade, o que provocou uma forte queda de preços".

"Todas as previsões feitas pelo IPC sobre Gaza durante a guerra revelaram-se infundadas e totalmente falsas", salientou o ministério.

"Esta avaliação também será deitada no lixo dos documentos políticos desprezíveis", acrescentou.

O Cogat, órgão do Ministério da Defesa israelita que supervisiona os assuntos civis nos Territórios Palestinos Ocupados, também denunciou o relatório do IPC como "falso e tendencioso".

Num comunicado, o Cogat rejeitou "veementemente a afirmação de fome na Faixa de Gaza, e em particular na cidade de Gaza".

"Os relatórios e avaliações (...) do IPC (...) não refletem a realidade no terreno", disse o Cogat.

Para os militares israelitas, o relatório não leva em conta os esforços envidados nas últimas semanas para "estabilizar a situação humanitária na Faixa de Gaza", nem as informações transmitida pelo Cogat aos autores do documento.

Israel tem em curso uma ofensiva militar na Faixa de Gaza desde que sofreu um ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e o rapto de 250 pessoas, feitas reféns.

A ofensiva israelita em grande escala provocou mais de 62.190 mortes em Gaza, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados fiáveis pela ONU.

Leia Também: ONU declara fome na Cidade de Gaza: "Condições catastróficas"

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