O anúncio sobre a deslocação oficial foi feito hoje pela presidência francesa.
Emmanuel Macron, Friedrich Merz e Donald Tusk vão "reafirmar apoio" à segurança, soberania e ao caminho europeu da Moldava, por ocasião do 34.º aniversário da independência do país, antiga República Soviética da Moldávia.
A chefe de Estado moldova, Maia Sandu, venceu as eleições presidenciais de novembro de 2024 e tem demonstrado apoio à Ucrânia, país invadido pela Rússia em 2014 e 2022.
No final do mês passado, a Presidente acusou a Rússia de conduzir uma operação de interferência que classificou "complexa e coordenada" para convencer a "Moldova pró-europeia" a aliar-se a Moscovo, aproveitando as eleições legislativas marcadas para setembro.
Nas redes sociais, a Presidente moldova disse que Moscovo "quer controlar" o país fronteiriço com a UE e a Ucrânia "a partir do outono" através de mecanismos de compra de votos e de financiamento com criptomoedas.
Sandu acusou Moscovo de usar "100 milhões de euros" na operação de desestabilização.
Por outro lado, Maia Sandu acusou as duas principais forças da oposição da Moldova de explorarem o plano para a privar de uma maioria parlamentar que aproximasse a antiga república soviética da integração na UE.
O Partido Ação e Solidariedade (PAS) de Maia Sandu lidera por uma larga margem as intenções de voto (39%), de acordo com a última sondagem realizada em meados de julho.
Em março, num encontro com Sandu no Palácio do Eliseu (presidência), Macron denunciou "tentativas russas cada vez mais descontroladas de desestabilização" contra a Moldova e as "instituições democráticas" do país.
Na altura, Macron expressou o desejo de reforçar "ainda mais" a cooperação para aumentar "a resiliência" da Moldova face à interferência estrangeira.
A Moldova é considerada pelos países ocidentais como particularmente vulnerável desde a invasão da Ucrânia pela Rússia.
O país, inclui, dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas, a Transnístria, uma região secessionista pró-russa.
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