Rússia intensifica operações no leste antes da cimeira Trump-Putin

A Rússia intensificou as operações na Ucrânia, onde fez um avanço recorde em mais de um ano, quando europeus e ucranianos tentam convencer hoje os Estados Unidos a defender os interesses de Kyiv perante Moscovo.

Donetsk, Ucrânia

© Donetsk Regional Military Adm./Anadolu via Getty Images

Lusa
13/08/2025 15:19 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

As forças russas capturaram duas localidades a nordeste da cidade de Pokrovsk, um importante centro logístico para Donetsk, anunciou hoje o Ministério da Defesa russo, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

 

As novas conquistas foram anunciadas a menos de dois dias do encontro entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, no Alasca (Estados Unidos).

O anúncio ocorre também no dia em que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se deslocou a Berlim para se juntar a líderes europeus e da NATO numa videoconferência com Trump.

A ofensiva foi referida pela plataforma de análise ucraniana DeepState e corroborada por informações da frente de que as forças russas abriram uma brecha nas defesas ucranianas perto de Mayak, a cerca de 15 quilómetros de Pokrovsk.

Segundo uma análise da agência de notícias France-Presse (AFP) a dados do instituto norte-americano para o Estudo da Guerra (ISW), as forças russas fizeram na terça-feira o maior avanço em 24 horas desde há mais de um ano.

A Rússia reivindicou ter conquistado mais 110 quilómetros quadrados até terça-feira do que no dia anterior, algo que não acontecia desde o final de maio de 2024.

Nas últimas semanas, eram normalmente necessários seis dias para fazer tal progresso, de acordo com a AFP.

Como sinal do agravamento da situação, a Ucrânia ordenou hoje a retirada de famílias em cerca de uma dezena de localidades perto da zona do leste da Ucrânia onde o exército russo tem feito rápidos avanços nos últimos dias.

O governador regional, Vadim Filashkin, admitiu que as forças russas conseguiram bloquear os acessos a Pokrovsk, tornando "extremamente difícil" a saída das mais 1.300 pessoas que ainda permaneciam na cidade.

Filashkin advertiu nas redes sociais, após uma reunião de segurança, que a permanência nas localidades próximas representava um perigo constante, segundo a agência espanhola Europa Press.

A Rússia também lançou uma nova vaga de ataques aéreos, com pelo menos 50 'drones' e dois mísseis balísticos entre a noite de terça-feira e a manhã de hoje, de acordo com a força aérea ucraniana.

Pelo menos três pessoas foram mortas em ataques de artilharia e 'drones' russos na região de Kherson (sul) na madrugada de hoje, disseram as autoridades regionais.

Antes de partir para Berlim, Zelensky apelou aos aliados da Ucrânia para pressionarem a Rússia e contrariarem qualquer tentativa de Putin para os enganar.

A Rússia desvalorizou os contactos dos líderes europeus com Trump, que descreveu como "praticamente insignificantes", e acusou a União Europeia (UE) de sabotar os esforços de Moscovo e Washington para resolver a crise na Ucrânia.

Merz interrompeu as férias para convocar a ronda de contactos para influenciar Trump a ter mais em conta a perspetiva ucraniana e europeia na reunião com Putin sobre a Ucrânia.

O chefe do Governo alemão pretende também que Trump considere o aumento da pressão sobre a Rússia se Putin não concordar com um cessar-fogo na Ucrânia, que a Rússia invadiu em fevereiro de 2022.

A presidência norte-americana desvalorizou na terça-feira as expectativas de que a cimeira do Alasca sirva para concluir um acordo de paz na Ucrânia, afirmando que estará presente apenas uma das partes, a Rússia.

A reunião "servirá para [Trump] obter uma melhor compreensão de como podemos acabar com esta guerra", disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

Leia Também: Zelensky pede a aliados para pressionarem Rússia sem se deixar enganar

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