Israel veda acesso do principal clérigo muçulmano à Mesquita de al-Aqsa

As autoridades israelitas proibiram a entrada durante seis meses do principal clérigo muçulmano de Jerusalém na Mesquita de al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islão, informou hoje a agência noticiosa oficial palestiniana, Wafa.

Guardas israelitas impedem a acesso à Mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do mundo islâmico, em Jerusalém - Mohammad Hamad/Anadolu via Getty Images

© Mohammad Hamad/Anadolu via Getty Images

Lusa
06/08/2025 19:16 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Segundo a agência, que cita o advogado do mufti de Jerusalém (a principal autoridade sunita na cidade e responsável pelos locais sagrados), Mohammed Hussein, a proibição surge depois de o clérigo ter condenado a situação humanitária na Faixa de Gaza, sujeita a um bloqueio das forças israelitas desde março.

 

Hussein já tinha sido proibido de entrar na Mesquita de al-Aqsa durante oito dias no mês passado, uma decisão que as autoridades de Jerusalém decidiram hoje prolongar por seis meses.

O complexo de al-Aqsa ou Esplanada das Mesquitas, na parte palestiniana de Jerusalém Oriental ocupada por Israel, é considerado sagrado para os muçulmanos e também para os judeus, uma vez que foi o local onde o Segundo Templo foi construído há mais de 2000 anos.

Até hoje permanece como um local de tensão entre a comunidade islâmica de Jerusalém e parte da extrema-direita israelita, que tem acumulado ações de provocação no local a que os judeus designam como Monte do Templo.

O grupo islamita palestiniano Hamas, que detém o governo na Faixa de Gaza e mantém uma presença armada na Cisjordânia ocupada, condenou a decisão das autoridades israelitas e afirmou que faz parte das "tentativas da ocupação [Israel] de impor o seu controlo" na mesquita de al-Aqsa".

"Apelamos à Liga Árabe e à Organização para a Cooperação Islâmica para que tomem medidas urgentes contra as medidas de judaização da ocupação", afirmou em comunicado o grupo palestiniano em guerra com Israel na Faixa de Gaza há quase dois anos.

Embora o local seja gerido pela Jordânia desde a ocupação de Jerusalém Oriental, a polícia israelita controla todo o acesso ao complexo e permite regularmente a entrada de grupos de judeus radicais, que rezam e passeiam pelo local sob a proteção de agentes.

Estas incursões violam os acordos entre Israel e a Jordânia, conhecidos como "status quo", uma vez que o local deveria ser reservado para o culto muçulmano, enquanto os judeus, bem como os cristãos e os turistas, têm permissão para a visitar em horários limitados, mas não podem rezar abertamente.

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