Continuam a ser conhecidos detalhes sobre o homicídio que chocou a pequena localidade francesa de Pont-de-Metz, perto de Amiens, na região de Altos da França. Apenas um dia depois de ter sido encontrado o corpo de um homem com a garganta cortada e esventrado, as autoridades detiveram um suspeito, na terça-feira, e sabe-se agora que o mesmo confessou o crime.
Segundo o Le Figaro, que cita fontes do Ministério Público de Amiens, o suspeito, que tem 27 anos, confessou ter degolado e estripado a vítima, num parque público, mas disse não a conhecer.
Sabe-se que o suspeito não é conhecido das autoridades. Este homem viria a ser identificado graças a "uma série de elementos, incluindo um telemóvel encontrado perto do corpo, que levaram à sua detenção", de acordo com o Ministério Público.
O suspeito "residia nas proximidades do local" do crime e a vítima, de 32 anos, "residia no mesmo bairro". Em causa está o bairro de Petit-Saint-Jean, em Amiens, uma zona limítrofe com Pont-de-Metz.
Sabe-se que a vítima frequentava regularmente o parque onde foi encontrada morta, na manhã de segunda-feira, por uma mulher que passeava o seu cão.
Inicialmente, foi noticiado que o cadáver estava posicionado em forma de cruz, contudo, o Ministério Público de Amiens desmentiu e esclareceu que o corpo, "estripado (...), estava deitado no chão, com os braços posicionados para trás, de cada lado da cabeça".
O homem apresentava "várias feridas causadas por arma branca" e, na terça-feira, foi realizada uma autópsia que confirmou que a morte foi causada por "vários golpes no coração e na parte inferior do rosto," bem como a "existência de uma ferida aberta no abdómen".
A BFMTV tinha indicado que a vítima não tinha qualquer ligação a tráfico de drogas e o seu cadastro criminal incluía apenas algumas infrações de trânsito.
"O avanço da investigação fez com que a pressão diminuísse"
Após o crime, recorde-se, os moradores ficaram chocados uma vez que aquela é conhecida como uma localidade "tranquila".
Um homem que vive a cinco minutos do local onde foi encontrado o corpo admitia, na altura, estar "em stress".
"As crianças estão de férias, mas agora não podem sair enquanto não soubermos o que se passou. Todos reagem como nós, enquanto não soubermos o que está a acontecer, ficamos em alerta. Normalmente, as crianças costumam passear nesse parque, mas agora não sabemos (...) É assustador", disse o homem, identificado como Antoine, que tem dois filhos adolescentes, citado pela BFMTV.
Também um taxista local apontou ao Le Figaro que o mais comum por ali são pessoas que "dizem olá ou sorriem", caminhantes matinais ou apreciadores de piqueniques, mas não pessoas assustadoras ou vendedores "de droga".
Outro morador disse à AFP que "Pont-de-Metz é segura". "Nunca tivemos nenhum problema, nada", acrescentou, admitindo estar "chocado".
O presidente da Câmara de Pont-de-Metz, Loïc Bulant, lamentou, na altura, aquela que foi descrita como uma "cena terrível". "Encontrar uma pessoa morta não é algo muito comum na nossa comunidade, que é bastante tranquila", disse.
O autarca confessou que os polícias ficaram "muito marcados com o que descobriram". Apesar do pânico instalado na comunidade, Loïc Bulant, apontou que a detenção do suspeito permitiu um relativo regresso da "calma".
"Os passeantes e curiosos estão de volta ao parque. O avanço da investigação fez com que a pressão diminuísse", disse ao Le Figaro.
A localidade de Pont-de-Metz tem cerca de 2.500 habitantes.
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