A pequena embarcação, conhecidas como "cayucos", estava com um motor avariado desde domingo, navegando, por isso, muito lentamente quando foi avistado por um navio de guerra francês a 185 quilómetros ao largo de Dakla, Marrocos, de acordo com o Serviço de Resgate Marítimo de Espanha.
O alerta, dado pelo navio francês, ao final da tarde de domingo, fez acionar o navio de resgate marítimo Guardamar Polimnia, cuja tripulação foi encarregada de resgatar estes migrantes, de origem subsariana, levados na segunda-feira para o cais de Arguineguín, a sul de Gran Canária.
Seis dos sobreviventes foram levados para hospitais da ilha, um dos quais foi transportado por helicóptero por estar gravemente ferido.
Os outros cinco hospitalizados --- duas mulheres e três homens - sofriam de desidratação e hipotermia. A bordo estavam 38 menores e duas mulheres, uma das quais grávida.
As ilhas Canárias, em Espanha, fazem parte da rota atlântica de migração para a Europa, sendo considerada, devido às fortes correntes e ondas, uma das rotas mais perigosas, mas o número de travessias tem aumentado nos últimos anos.
Embora a migração para a Europa tenha vindo a diminuir de forma constante, a travessia do oceano Atlântico a partir da África Ocidental para as Canárias, ressurgiu desde 2020.
Cerca de 47 mil pessoas desembarcaram nas Canárias em 2024. As autoridades espanholas registaram cerca de 40 mil em 2023, de acordo com dados do Ministério do Interior espanhol.
A Organização Mundial para as Migrações (OIM) refere, na página na Internet, que cerca de 5.460 pessoas morreram ou foram dadas como desaparecidas desde 2014 nesta rota.
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