"A AIEA está em contacto com as autoridades nacionais do Japão a propósito do sismo de magnitude 8,8 na costa leste da Rússia e do tsunami resultante. Os relatórios iniciais não indicam impacto na segurança das centrais nucleares ao longo da costa do Pacífico", afirmou a agência nuclear da ONU, numa mensagem na rede social X.
A operadora da central de Fukushima Daiichi, a TEPCO, retirou cerca de 4.000 trabalhadores daquela central e da central vizinha de Fukushima Daini, após ter emitido um alerta de tsunami, e suspendeu a deposição de água tratada no oceano, seguindo os protocolos de segurança estabelecidos.
Os dados da AIEA são consistentes com os do Governo japonês, que declarou que não foram reportados danos em estruturas ou instalações nucleares no país até à data, embora tenham ocorrido interrupções no transporte e o estado de alerta se mantenha em vigor.
O sismo fez disparar alertas de tsunami não só no Japão, mas também na Rússia, Havai e Alasca.
As autoridades japonesas ordenaram a evacuação preventiva das zonas costeiras nas regiões de Hokkaido, Aomori, Iwate, Miyagi, Fukushima, Ibaraki, Chiba, Kanagawa, Shizuoka, Mie e Wakayama.
Quase dois milhões de pessoas receberam ordens para abandonar as suas casas ou mudar-se para locais seguros.
A memória do desastre nuclear de 2011 permanece viva no Japão de cada vez que é emitido um alerta de tsunami.
A 11 de março desse ano, um sismo de magnitude 9 na costa nordeste desencadeou um maremoto que devastou cidades costeiras e desencadeou a pior crise nuclear desde Chernobyl na central nuclear de Fukushima Daiichi.
Leia Também: Japão adia para 2037 início da remoção de detritos nucleares de Fukushima