Síria pede ajuda à UE para combater incêndios florestais ativos há 6 dias

As autoridades sírias pediram hoje ajuda à União Europeia (UE) para combater os incêndios florestais na província costeira de Latakia, ativos há seis dias e que já devastaram cerca de 100 quilómetros quadrados de áreas florestais, segundo a ONU.

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Lusa
08/07/2025 21:37 ‧ há 4 horas por Lusa

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Síria

"Pedimos ajuda à UE para combater os incêndios", salientou o ministro sírio para as Situações de Emergência e Desastres, Raed al-Saleh, citado pelos meios de comunicação estatais.

 

Aviões enviados pelo Chipre são esperados hoje para ajudar a conter os incêndios, acrescentou.

As equipas de bombeiros da Jordânia, Turquia e Líbano já se juntaram aos seus homólogos sírios, que enfrentam condições particularmente difíceis.

As temperaturas elevadas, ventos fortes, terreno montanhoso íngreme e a presença de minas num país devastado por anos de guerra são fatores que dificultam o combate.

De acordo com Saleh, "as condições meteorológicas estão a contribuir significativamente para a propagação dos incêndios".

"Ventos fortes espalharam os incêndios durante a noite para Ghassaniyeh, uma aldeia na região de Latakia", onde as equipas de resgate conseguiram evacuar mulheres e crianças e conter o incêndio com a ajuda dos habitantes locais, frisou.

Os incêndios "reduziram a cinzas aproximadamente 100 quilómetros quadrados de florestas e terras agrícolas, representando mais de 3% da cobertura florestal total da Síria", detalhou à agência France-Presse (AFP) o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) na Síria.

Segundo a mesma fonte, cerca de 5.000 pessoas foram afetadas por estes incêndios na região de Latakia, onde várias cidades foram retiradas.

Os incêndios não causaram vítimas.

Durante uma visita à região, o ministro do Interior, Anas Khattab, citou "suspeitas quanto ao envolvimento de certos indivíduos" nos incêndios, acrescentando que as investigações vão determinar se alguns incêndios foram provocados deliberadamente e que os incendiários seriam responsabilizados.

Quase sete meses após a deposição do Presidente Bashar al-Assad, a Síria continua profundamente marcada por mais de uma década de guerra que devastou a sua economia e as suas infraestruturas.

À medida que as alterações climáticas aumentam a frequência e a intensidade das secas e dos incêndios em todo o mundo, a Síria tem sido também afetada pelas ondas de calor e pela escassez de chuvas.

Em junho, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês) revelou à AFP que a Síria "não experimentava condições meteorológicas tão adversas há 60 anos".

Leia Também: Mais de 100 mil refugiados voltaram à Síria após saída de Bashar al-Assad

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