Os refugiados voltaram à Síria pela primeira vez desde a queda do regime de Bashar al-Assad, em dezembro, com Karner a destacar este número como um exemplo de regresso voluntário "quando as condições o permitem" e comparou-o com os apenas 500 sírios que regressaram da Áustria no mesmo período, disse a agência de notícias austríaca APA.
Já Faraya deixou claro que a Jordânia se opõe às deportações forçadas - algo que a Áustria defende no caso de criminosos condenados - e apoia apenas os regressos voluntários.
A Jordânia acolhe 1,5 milhões de refugiados sírios desde 2011 e é um dos países com maior número de pessoas deslocadas em relação à população, uma vez que também tem 2,3 milhões de palestinianos, lembrou Faraya.
"Concordamos que o combate à migração ilegal começa com o apoio aos países de origem", disse o ministro jordano, que agradeceu o apoio da Áustria e da UE.
A UE prometeu três mil milhões de euros de apoio financeiro à Jordânia no final de janeiro.
O Governo conservador da Áustria suspendeu o tratamento dos pedidos de asilo dos sírios em dezembro passado, pouco depois da queda de Assad.
A nova coligação de conservadores, sociais-democratas e liberais, no poder desde março, agravou as políticas contra a imigração e suspendeu o reagrupamento familiar.
Na quinta-feira, Karner anunciou que a Áustria expulsou um criminoso sírio para o país de origem, sendo a primeira deportação do género na UE nos últimos anos.
Esta decisão "faz parte de uma política de asilo rigorosa e, por isso, justa", afirmou o ministro, num comunicado enviado à agência de notícias France-Presse (AFP).
"Isto envia um forte sinal de que a Áustria deporta sistematicamente criminosos condenados, agora também para a Síria. Continuaremos neste caminho com determinação e rigor", acrescentou.
O Governo austríaco, que não realizava uma deportação deste género há cerca de 15 anos, comentou, ainda sobre este caso, que está a "liderar o caminho na Europa".
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