Foi o que afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, que se referiu nas redes sociais aos "reféns Cécile Kohler e Jacques Paris", sobre os quais solicitou informações, bem como a "libertação imediata", ao chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araqchi.
Nenhum dos dois detidos foi afetado pelo ataque, segundo Barrot, que exigiu acesso consular a ambos e voltou a pedir o fim dos ataques, para dar uma oportunidade «à negociação e à diplomacia», um dia depois de os Estados Unidos se envolverem plenamente no conflito entre Israel e o Irão.
As Forças Armadas israelitas confirmaram o bombardeamento à entrada da prisão de Evin, um símbolo da repressão do regime iraniano que, segundo agências oficiais locais, não sofreu graves danos em consequência do ataque.
Israel lançou a 13 de junho uma ofensiva sobre o Irão, argumentando que o avanço do programa nuclear iraniano e o fabrico de mísseis balísticos por Teerão representam uma ameaça direta à sua segurança.
Desde então, aviões israelitas atacaram uma série de infraestruturas estratégicas, incluindo sistemas de defesa aérea, instalações de armazenamento de mísseis balísticos e as centrais nucleares de Natanz, Isfahan e Fordo, e foram também eliminados comandantes da Guarda Revolucionária, chefes dos serviços secretos e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.
As autoridades da República Islâmica indicaram que os bombardeamentos já fizeram pelo menos 400 mortos e 3.056 feridos, ao passo que o Governo israelita informou que os mísseis lançados pelo Irão em retaliação causaram a morte de 24 pessoas e ferimentos em 1.272, em território israelita.
No sábado, o conflito assumiu uma nova dimensão com a entrada dos Estados Unidos na guerra, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear do Irão, entre as quais a unidade de Fordo, com capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, e com o Presidente norte-americano, Donald Trump, a ameaçar o regime teocrático de Teerão de mais ataques se "a paz não chegar rapidamente".
A operação norte-americana que devastou o programa nuclear iraniano resultou de meses de preparação e não visou militares nem a população civil do Irão.
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