Hidroelétrica moçambicana avança com desenvolvimento sustentável

O presidente moçambicano, Daniel Chapo, lançou esta segunda-feira um projeto integrado de desenvolvimento sustentável na vila de Chitima, iniciativa que visa promover a produção de alimentos e que é financiada pela Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), centro de Moçambique.

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Lusa
23/06/2025 17:50 ‧ há 3 horas por Lusa

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"Trata-se um projeto que vai transformar a vila de Chitima. Queremos avaliar o nível de funcionamento e gestão para que, no futuro, consigamos replicar o projeto em outros distritos", disse Daniel Chapo, à margem de um evento que celebra os 50 anos da HCB, no Songo, província de Tete.

 

O projeto, que inclui a instalação de uma central fotovoltaica com capacidade de produção de 4,8 MegaWatts (MW) de energia para as comunidades locais, pretende fomentar a produção e processamento de alimentos, com destaque para milho, hortícolas e frango.

As obras do projeto, instalado na vila de Chitima, a 139 quilómetros da cidade de Tete, já estão em fase avançada, empregando, segundo o chefe de Estado moçambicano, perto de 800 jovens das comunidades locais.

"Tomámos conhecimento que na vila de Chitima temos problemas sérios de água e, por isso, este projeto prevê furos de água e um centro de tratamento para resolver de uma vez por todas os problemas de água em Chitima", declarou.

Além deste projeto, a HCB anunciou hoje a doação 3.000 carteiras escolares para as escolas do distrito de Cahora Bassa e a construção de um hospital em Chitima, no âmbito da celebração dos 50 anos da empresa moçambicana, uma das maiores produtoras de eletricidade em África.

No mesmo contexto, a HCB também financiou a construção de uma estrada entre a vila de Chitima e a vila de Songo, onde está instalada, num troço de mais de 40 quilómetros.

A HCB é detida em 85% pela estatal Companhia Elétrica do Zambeze e pela portuguesa Redes Energéticas Nacionais (REN) em 7,5%, possuindo a empresa 3,5% de ações próprias, enquanto os restantes 4% estão nas mãos de cidadãos, empresas e instituições moçambicanas.

A albufeira de Cahora Bassa é a quarta maior de África, com uma extensão máxima de 270 quilómetros em comprimento e 30 quilómetros entre margens, ocupando 2.700 quilómetros quadrados e uma profundidade média de 26 metros, contando com quase 800 trabalhadores, sendo uma das maiores produtoras de eletricidade na região austral africana, abastecendo os países vizinhos.

Segundo dados oficiais, a HCB pagou 1.588 milhões de euros ao Estado moçambicano desde 2007.

Apesar deste resultados, a HCB tem admitido desafios na produção e comercialização da eletricidade face aos baixos níveis de precipitação, culminando com reduzidos níveis de armazenamento das águas.

A barragem está instalada numa estreita garganta do rio Zambeze e a sua construção decorreu de 1969 a 01 de junho de 1974, durante o período colonial português, seguindo-se o enchimento da albufeira. A operação comercial teve início em 1977, com a transmissão dos primeiros 960 MW, produzidos por três geradores, face à atual capacidade instalada de 2.075 MW.

Leia Também: Participação da REN em Cahora Bassa é importante para Portugal, diz HCB

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