AEA alerta: Polinizadores selvagens em "declínio preocupante"

Os polinizadores selvagens estão a sofrer um "declínio preocupante" na União Europeia (UE), mas são fundamentais para a saúde dos ecossistemas e a segurança alimentar, alertou hoje a Agência Europeia do Ambiente (AEA).

Duas borboletas posam numa flôr no Camboja. KITH SEREY/LUSA

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Lusa
18/06/2025 18:43 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Agência Europeia do Ambiente

Numa nota divulgada hoje na página da agência salienta-se que os polinizadores selvagens são cruciais para a produção alimentar e para os ecossistemas, mas estão ameaçados.

 

Segundo a AEA, cerca de 40% das espécies das moscas-das-flores, 20% das borboletas e 9% das abelhas selvagens estão ameaçadas de extinção.

A nota da AEA, "Proteger e restaurar os polinizadores selvagens da Europa e os seus habitats", assinala a importância dos polinizadores selvagens e diz que cerca de 80% das espécies de culturas e flores silvestres da UE dependem da polinização por insetos.

"O valor económico da polinização para a agricultura na UE está estimado em, pelo menos, 5 a 15 mil milhões de euros por ano, com culturas como as maçãs, os tomates, as amêndoas e os girassóis dependentes destes serviços", diz a Agência.

Para combater as causas do declínio, acrescenta, são necessárias ações em todos os setores económicos, níveis de governação e sociedade, sendo também indispensável a monitorização da diversidade e abundância dos polinizadores selvagens.

E uma das causas para o declínio é a perda de habitat, resultante da intensificação da agricultura e abandono dos sistemas agrícolas extensivos. O uso intensivo de pesticidas e as espécies exóticas invasoras são outras causas, a par das alterações climáticas e dos fenómenos climáticos extremos.

"As práticas agrícolas influenciam fortemente a saúde das populações de polinizadores. A presença de diferentes habitats semi-naturais, elementos paisagísticos e diversos tipos de culturas, típicos de sistemas agrícolas mais extensivos, é essencial", destaca a nota.

A AEA lembra que a UE já tomou medidas importantes para fazer face à situação, como a Estratégia de Biodiversidade da UE para 2030 e a Iniciativa Polinizadores da UE, que estabeleceram o compromisso de inverter o declínio dos polinizadores selvagens até 2030.

E o Regulamento Restauro da Natureza, adotado em 2024, exige legalmente que os Estados-Membros travem e invertam o declínio dos polinizadores até 2030 e estabeleçam quadros de monitorização que ajudem a avaliar os progressos realizados para atingir esse objetivo de recuperação.

A UE está a desenvolver um quadro normalizado de monitorização dos polinizadores a nível comunitário, diz-se na nota, na qual se apela a uma agricultura e silvicultura favoráveis aos polinizadores, a áreas protegidas bem geridas e à plena integração das considerações relativas à biodiversidade nas políticas nacionais e da UE.

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