Num comunicado para apresentar a iniciativa, entregue na segunda-feira e intitulada "Não à guerra com o Irão", Sanders afirmou que os ataques ordenados pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, contra a República Islâmica "violam o Direito internacional e correm o risco de desencadear uma guerra regional".
"Os nossos Pais Fundadores confiaram o poder de declarar guerra exclusivamente aos representantes eleitos do povo no Congresso. É imperativo deixar claro que o Presidente não tem autoridade para iniciar outra guerra dispendiosa sem a autorização explícita do Congresso", sublinhou o ex-candidato presidencial e senador independente, eleito por Vermont.
Além de Sanders, a resolução conta com o apoio dos senadores Peter Welch, Elizabeth Warren, Jeff Merkley, Chris Van Hollen, Ed Markey, Tammy Baldwin e Tina Smith.
Em paralelo, o senador democrata Tim Kaine apresentou outra resolução que insta o Congresso a realizar "um debate e uma votação imediatos antes de autorizar qualquer ação militar dos Estados Unidos contra o Irão".
Pelo menos 232 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas nos ataques com mísseis iniciados por Israel a 13 de junho contra o Irão.
A República Islâmica respondeu com repetidas vagas de ataques com mísseis e 'drones' contra Israel, matando pelo menos 24 pessoas e ferindo outras 647, de acordo com o serviço de emergência israelita Magen David Adom.
No contexto das tensões no Médio Oriente, Trump abandonou precipitadamente a cimeira do G7 (grupo que reúne as sete maiores economias industrializadas do mundo) no Canadá e regressou a Washington para participar numa reunião com o Conselho de Segurança da Casa Branca.
O Pentágono (Departamento da Defesa) negou até agora qualquer participação dos Estados Unidos nos ataques israelitas contra o Irão.
A Constituição dos Estados Unidos estabelece que apenas o Congresso tem o poder de declarar guerra a outro país, mas o Presidente tem autoridade para ordenar algumas ações militares de alcance limitado.
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