O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun revelou hoje, em conferência de imprensa, que o volume comercial entre a China e os cinco países da região - Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tajiquistão e Turquemenistão -, cresceu 116%, entre 2013 e 2024.
Guo afirmou que projetos de infraestrutura de transporte, como a ligação ferroviária China - Tajiquistão ou a autoestrada China - Quirguistão - Uzbequistão, "elevaram a conectividade regional a um novo nível".
"A economia digital e a transformação verde ampliaram novas áreas de cooperação pragmática entre ambas as partes", acrescentou o porta-voz, ao mesmo tempo que os intercâmbios culturais e pessoais entre a China e os países da Ásia Central "ganharam impulso" nos últimos tempos.
Segundo Guo, uma série de planos para a cooperação futura entre a China e a Ásia Central serão elaborados em conjunto durante a cimeira, que se realizará em Astana entre hoje e e quarta-feira, um evento que contará com a presença do Presidente chinês, Xi Jinping.
Na semana passada, a diplomacia chinesa afirmou que a colaboração entre a China e a Ásia Central "está de acordo com as expectativas comuns de todas as partes de manter a estabilidade regional e alcançar um desenvolvimento de alta qualidade".
Nos últimos anos, a China fortaleceu os seus laços com a Ásia Central, uma região vasta e rica em recursos que Pequim considera crucial para a expansão das suas rotas comerciais e segurança energética, bem como para manter a estabilidade na sua região ocidental de Xinjiang, onde vivem numerosas minorias étnicas de religião muçulmana.
A influência chinesa na região é, no entanto, suscetível de antagonizar a Rússia, que mantém na região um poder político, económico e militar, com alianças e bases no Quirguistão e no Tajiquistão.
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