China exige que EUA deixem de "interferir nos assuntos de outros países"

A China exigiu hoje aos Estados Unidos que deixem "de interferir nos assuntos internos de outros países", após a embaixada norte-americana no Panamá anunciar que vai substituir 13 equipamentos de telecomunicações da empresa chinesa Huawei naquele país.

21 January 2025, China, Peking: Guo Jiakun, spokesman for the Chinese Foreign Ministry, answers questions from journalists during the daily press conference. Photo: Johannes Neudecker/dpa (Photo by Johannes Neudecker/picture alliance via Getty Images)

© Getty Images

Lusa
16/06/2025 10:43 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

China

"O Governo dos Estados Unidos tem há muito tempo conduzido vigilância e ciberataques na América Latina e Caraíbas, o que teve um impacto negativo no hemisfério ocidental e gerou insegurança nos países do continente americano", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun, em conferência de imprensa.

 

Guo salientou que "a China sempre apoiou os países da América Latina e Caraíbas, incluindo o Panamá, defende a independência e opõe-se à hegemonia, intimidação e ingerência externa".

"Pequim nunca procurou esferas de influência, nem se envolveu em competições geopolíticas, nem coagiu outros países a tomarem partido", afirmou, acrescentando que a América Latina "não é o quintal de ninguém".

O porta-voz pediu ainda a Washington para "deixar de politizar os assuntos económicos, comerciais e tecnológicos, de interferir nos assuntos internos de outros países e de minar a sua soberania e independência".

As declarações do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China surgem depois de o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, ter exigido na semana passada aos Estados Unidos "respeito" e que se abstenham de arrastar o país para o "conflito geopolítico" entre Washington e Pequim.

A reação do chefe de Estado panamiano seguiu-se ao anúncio feito pela embaixada norte-americana no Panamá, que declarou que o Governo liderado por Donald Trump substituirá, "por tecnologia norte-americana segura", 13 equipamentos da Huawei no âmbito de uma campanha para "contrariar a influência maligna da China" na região.

Segundo o Ministério da Segurança Pública do Panamá, a substituição deve-se a uma incompatibilidade tecnológica, no contexto de um acordo com os Estados Unidos para reativar um programa de segurança pública iniciado em 2017.

A Huawei tem sido alvo de crescentes restrições por parte de Washington, que alega preocupações com a segurança nacional. Os EUA têm também manifestado preocupação com uma alegada crescente influência chinesa no Canal do Panamá, negada pelas autoridades panamianas.

Leia Também: "Profundamente preocupados". China pede condições para diálogo

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas