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EUA atacaram o pouco conhecido grupo Khorasan

Uma pouco conhecida afiliada da Al-Qaeda, o grupo Khorasan, encontrou-se sob as atenções dos EUA na terça-feira, quando alegadamente preparava ataques a alvos ocidentais a partir de bases na Síria.

EUA atacaram o pouco conhecido grupo Khorasan
Notícias ao Minuto

06:27 - 24/09/14 por Lusa

Mundo Al-Qaeda

Com os combatentes do Estado Islâmico (EI) a aterrorizar a região e a controlar grandes porções territoriais do Iraque e da Síria, foi com alguma surpresa que os observadores viram o Pentágono dirigir os seus mísseis de cruzeiro Tomahawk e outras armas não apenas contra as posições do EI mas também para um grupo mais pequeno de antigos operacionais da Al-Qaeda no noroeste da Síria, que tem operado em segredo.

O estatuto de discrição que o grupo tem tido desapareceu. O Pentágono acusou o Khorasan de planear "importantes ataques" contra o Ocidente e adiantou ter eliminado os seus militantes, que estavam nas "fases finais" dos seus preparativos de ações contra a Europa e os EUA.

O grupo, liderado por um antigo colaborador de Osama bin Laden, não é novo, adiantaram fontes do governo de Barack Obama e analistas.

O vice-conselheiro nacional de Segurança, Ben Rhodes, descreveu-o como incluindo "operacionais da Al-Qaeda central, do Afeganistão e Paquistão, que fizeram o seu percurso até à Síria" e que o Pentágono o atacou porque entendia que estavam "iminentes" ações contra alvos ocidentais.

O Pentágono adiantou que "há vários meses" que estava a vigiar o Khorasan, especificando que a maioria dos mais de 40 mísseis Tomahawk disparados contra alvos na Síria se destinaram a campos do Khorasan perto de Aleppo.

Outro dirigente do governo dos EUA disse que a ação conta o Khorasan há muito que estava a ser considerada e que estava "separada e à parte da ameaça crescente do EI".

Matthew Henman, o investigador que dirige o Centro do Terrorismo e Insurgência, do grupo IHS Jane, afirmou que os combatentes do Khorasan se infiltraram na Síria para se ligarem à Frente Al-Nusra, que é a filial da Al-Qaeda no país.

O seu financiamento e armamento são limitados, mas o Khorasan apareceu "para explorar o vazio e a situação muito caótica na Síria", adiantou Max Abrahms, que é professor na Northeastern University e analista de terrorismo no Conselho de Relações Externas.

Ao explorar o caos e a destruição na Síria, e menos interessado do que o EI em ganhar território, "o Khorasan é como uma hiena que basicamente aproveita pedaços das carcaças" numa paisagem brutalizada, adiantou Abrahms.

Os seus membros, estimados num máximo de mil, comparam mal com os presumidos 31 mil do EI.

O líder do Khorasan, Muhsin al-Fadhli, está creditado de relações privilegiadas com o fundador da Al-Qaeda, Bin Laden, e o grupo deveria ser considerado uma filial da Al-Qaeda, mais do que o EI, segundo Abrahms.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, baseado no Reino Unido, já informou que os ataques aéreos dos EUA causaram a morte a 50 militantes da Al-Qaeda, presumivelmente ligados ao Khorasan, e 70 combatentes do EI.

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