A greve, que começou na semana passada na cidade portuária de Bandar Abbas, no sudoeste, espalhou-se por todo o país, de acordo com organizações de monitorização das redes sociais e meios de comunicação social em língua persa sediados fora do Irão.
Os motoristas protestam contra o aumento dos prémios de seguro, a falta de segurança rodoviária, os elevados preços dos combustíveis e as baixas taxas de frete, afirmou a Agência de Notícias Human Rights Activists (HRANA), criada em 2009 por ativistas iranianos.
A agência publicou imagens de dezenas de camiões imobilizados na cidade central de Esfahan e na cidade meridional de Shiraz, enquanto outras fontes relataram ações semelhantes na província de Teerão e na cidade ocidental de Kermanshah.
A legislação laboral no Irão permite a realização de greves, mas este movimento é invulgar em termos de duração e de âmbito nacional, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
Um observador dos direitos humanos disse nas redes sociais que as forças de segurança atacaram as manifestações dos motoristas.
A mesma fonte citou o procurador da província meridional de Fars, Kamran Mirhaji, que afirmou que várias pessoas foram detidas "por impedirem a circulação de camiões".
A Iran International TV, uma estação de televisão em língua persa com sede fora do Irão e que critica o Governo, transmitiu vídeos que disse ter recebido do interior do país.
As imagens mostravam estradas desertas que normalmente deveriam estar cheias de camiões.
Os meios de comunicação social iranianos quase não noticiaram o assunto.
Mas o presidente do parlamento iraniano foi citado como tendo dito que os camionistas eram um "elo fundamental na cadeia de produção e abastecimento" do país e pediu ao Governo para agir rapidamente.
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