Partido no poder em Taiwan expulsa cinco por alegada espionagem

O partido atualmente no poder em Taiwan expulsou cinco membros por alegada espionagem para a China, uma medida que visa "manter a disciplina do partido e salvaguardar a segurança nacional".

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Lusa
22/05/2025 06:30 ‧ há 3 horas por Lusa

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Taiwan

O presidente do Comité Central de Avaliação do Partido Democrático Progressista (DPP, na sigla em inglês) afirmou na quarta-feira que a decisão foi unânime e respeitou os regulamentos do partido.

 

De acordo com a agência de notícias pública taiwanesa CNA, Lai Jui-lung sublinhou que as ações dos membros violaram tanto a lei como os "valores fundamentais" do DPP.

"Perante a coação e a incitação do Partido Comunista Chinês, todos os membros do partido [DPP] devem observar rigorosamente a lei e a disciplina partidária (...). Os interesses nacionais devem prevalecer", afirmou Lai.

Entre os expulsos estão Sheng Chu-ying, antigo conselheiro do então presidente do parlamento You Si-kun (2020-2024), e Ho Jen-chieh, antigo conselheiro do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Joseph Wu Jaushieh (2018-2024).

Nesta lista estão também Wu Shang-yu, que serviu como assessor no gabinete do atual Presidente, William Lai Ching-te, Chiu Shih-yuan, antigo diretor adjunto do Instituto de Democracia de Taiwan, e Huang Chu-jung, conselheiro de Lee Yu-tien, vereador do DPP de Nova Taipé.

Os três últimos estão atualmente detidos a aguardar julgamento.

Segundo o Ministério Público, Huang foi recrutado pelos serviços de informação de Pequim enquanto fazia negócios na China e, após regressar a Taiwan, começou a reunir informações confidenciais sobre William Lai e outros altos funcionários taiwaneses.

Os investigadores alegam que Wu transmitiu à China informações sobre uma visita de Lai ao Paraguai em agosto de 2023.

Estes casos ganharam atenção mediática depois de William Lai ter definido a China como uma "força externa hostil", em março, e ter anunciado 15 medidas, incluindo o restabelecimento dos tribunais militares, para conter os crescentes atos de "infiltração" da China.

Na terça-feira, o líder de Taiwan reafirmou a intenção de dialogar com a China, "porque a guerra não tem vencedores", insistindo embora que continuará a fortalecer as capacidades defensivas da ilha para evitar um conflito armado.

Horas depois, o porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado (o executivo chinês), Chen Binhua, advertiu William Lai de que a defesa da independência da ilha torna impossível o diálogo.

As autoridades de Pequim consideram Taiwan uma "parte inalienável" do território chinês e não excluem o recurso à força para alcançar a "reunificação" da ilha e do continente, um dos objetivos a longo prazo definidos pelo líder chinês Xi Jinping após chegar ao poder em 2012.

Leia Também: Presidente de Taiwan reafirma intenção de dialogar com a China

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