Autópsia já revelou causas da morte de bebé deixado num carro em Espanha

A criança foi esquecida no carro pelo pai da família de acolhimento a que pertencia.

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Notícias ao Minuto
22/05/2025 09:12 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Espanha

O bebé de 20 meses que foi esquecido dentro de um carro na localidade de Linares, em Espanha, na segunda-feira, morreu de hipoxia, falta de oxigénio, revelou o relatório preliminar da autópsia, feito pelo Instituto de Medicina Legal de Jaén.

 

A hipoxia caracteriza-se pela redução da quantidade de oxigénio disponível nos tecidos do corpo. Quando acontece, o funcionamento de órgãos vitais como o cérebro, o coração e os pulmões fica comprometido. Foi o que aconteceu neste caso, em que a falta de oxigénio dificultou a respiração da criança até à morte.

"O calor detetado no interior do automóvel terá provocado no bebé, incapaz de se mover na cadeira do carro, um stress na regulação da sua temperatura corporal, levando a um golpe de calor", referiu o relatório, citado pelo canal de televisão espanhol Telecinco.

Perante essas condições, o corpo do bebé sobreaqueceu e teve de trabalhar em esforço para manter uma temperatura interna normal.

"Isto aumentou a necessidade de oxigénio e dificultou a respiração, levando à hipóxia e, finalmente, à morte", lê-se.

O pai adotivo da criança, que foi detido pelo crime de homicídio por negligência, acabou por ser libertado depois de prestar declarações perante a Polícia Nacional, na quarta-feira. Agora ficará a aguardar julgamento.

Para já, a investigação policial aponta para um "possível esquecimento" por parte do homem, que tem um longo historial de acolhimento de crianças. Desta vez, esqueceu-se de deixar o bebé no infantário, como fazia habitualmente.

A advogada do pai adotivo do bebé rejeita que o "esquecimento" possa ser classificado como homicídio por negligência, uma vez que "não existe essa atitude negligente ou descuidada" e o cliente "estava na total e absoluta convicção de que tinha deixado a criança no berçário".

"Do meu ponto de vista jurídico, entendo que nem sequer podemos falar de negligência. Entendo que não há homicídio, não há um tipo penal dentro de qualquer tipo do que é o crime de homicídio que encaixe aqui", defendeu a advogada Rocio Garrido, em declarações à agência de notícias espanhola Europa Press.

Na comunidade todos lamentam a tragédia referindo que a família de acolhimento era muito dedicada e já tinha acolhido 13 crianças anteriormente.

O homem é um professor reformado de 72 anos e a sua mulher, uma trabalhadora social, tinha 55 anos.

Leia Também: "Erro humano". Homem que acolheu 13 crianças deixa bebé dentro de carro

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