Comida para bebés, farinha e medicamentos: 93 camiões entram em Gaza

As autoridades israelitas anunciaram que 93 camiões de ajuda humanitária da ONU entraram hoje na Faixa de Gaza, um dia depois de apenas nove terem sido autorizados, disseram as Nações Unidas.

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© JACK GUEZ/AFP via Getty Images

Lusa
20/05/2025 20:01 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Noventa e três camiões da ONU transportando ajuda, incluindo farinha para padarias, comida para bebés, material médico e medicamentos, atravessaram a passagem de Kerem Shalom em direção a Gaza", disse na rede X o Cogat, uma agência do Ministério da Defesa de coordenação das atividades na Palestina.

 

"Toda a ajuda foi transferida depois de uma inspeção de segurança completa" pelas forças israelitas, acrescentou.

A entrada da ajuda no enclave palestiniano ocorre um dia depois da ONU ter indicado que apenas nove camiões tinham sido autorizados na segunda-feira, considerando que se tratava de "uma gota de água no oceano" para as necessidades da população.

No domingo e depois de mais de dois meses de bloqueio, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou que ia autorizar a entrada de uma "quantidade básica de alimentos destinados à população, a fim de evitar o desenvolvimento da fome" na Faixa de Gaza.

Israel impôs um bloqueio ao território palestiniano de 2,4 milhões de habitantes em março e depois quebrou, em meados de março, o cessar-fogo em vigor com o grupo islamita Hamas.

As agências da ONU e as organizações não-governamentais (ONG) que trabalham em Gaza têm vindo há várias semanas que a assinalar a escassez de alimentos, água potável, combustível e medicamentos no território palestiniano, em guerra há mais de 19 meses.

"Dois milhões de pessoas estão a passar fome" em Gaza, enquanto "toneladas de alimentos estão bloqueadas na fronteira", lamentou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

No fim de semana, Israel iniciou uma nova operação terrestre e aérea no território, após vários dias consecutivos de bombardeamentos que provocaram centenas de mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas.

O conflito foi desencadeado pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 53 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

A UE anunciou que vai rever o acordo de associação com Israel, devido ao bloqueio há mais de dois meses da entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e aos contínuos bombardeamentos do território.

Leia Também: EUA pediram a vários países que recebam refugiados de Gaza

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