Em comunicado, as forças israelitas precisam que a sua força aérea atacou a zona de Nabatieh e "eliminou o terrorista Adnan Muhammad Sadiq Harb, comandante da unidade de apoio logístico da unidade Badr do Hezbollah, que opera na zona norte de Litani, no Líbano".
"O terrorista serviu como comandante das forças de apoio logístico da unidade Badr do Hezbollah. Como parte da sua função, promoveu a reabilitação das capacidades terroristas do Hezbollah e auxiliou nos esforços para reabilitar as infraestruturas terroristas a sul do rio Litani", adiantou a mesma fonte.
"Além disso, o terrorista operou a transferência de armas em território libanês dentro de diferentes unidades da organização terrorista Hezbollah", actividades que "constituem uma violação flagrante dos entendimentos entre Israel e o Líbano", referem ainda as forças israelitas.
Em Beirute, o Ministério da Saúde libanês referiu em comunicado que "o inimigo israelita" atingiu um carro em Kfar Rumman, matando uma pessoa e ferindo outras três.
A agência de notícias estatal ANI noticiou que o carro foi atingido por um "míssil teleguiado" durante a tarde numa estrada que liga a cidade à cidade vizinha de Nabatieh.
Apesar do cessar-fogo que entrou em vigor a 27 de novembro, após dois meses de intenso bombardeamento israelita e uma incursão terrestre em território libanês, Israel continuou a atacar o Líbano com frequência.
Há uma semana, Israel chegou a bombardear os arredores de Beirute pela terceira vez desde que o acordo foi implementado, embora a maior parte das suas ações continue concentrada no sul do país.
O acordo de cessar-fogo prevê que o Hezbollah reposicione as suas forças a norte do rio Litani, a cerca de 30 quilómetros da fronteira israelita, e desmantele a sua restante infra-estrutura militar no sul do país.
Israel, por sua vez, deveria concluir a sua retirada do sul do Líbano, mas as suas tropas continuam posicionadas em cinco locais considerados "estratégicos".
Uma fonte de segurança libanesa confirmou à AFP que o Hezbollah retirou para o lado sul do rio Litani e desmantelou a maior parte das suas infraestruturas militares nessa zona.
Uma comissão que inclui o Líbano, Israel, os Estados Unidos, a França e as Nações Unidas está a supervisionar a implementação do cessar-fogo.
O Líbano está a pressionar particularmente os Estados Unidos e a França, garantes do acordo de cessar-fogo, para obrigarem Israel a cessar os seus ataques e a retirar-se das cinco posições fronteiriças onde mantém tropas.
Em abril, o governo libanês anunciou ter registado 190 mortes às mãos do Estado judaico desde que o cessar-fogo entrou em vigor, enquanto o Gabinete de Direitos Humanos da ONU estimou o número de mortes de civis em mais de 70 durante o mesmo período.
Em conformidade com o acordo, o Líbano enviou o seu exército para a região sul para substituir a presença do grupo xiita libanês Hezbollah, que procura agora desarmar como próximo passo, embora o movimento pró-iraniano torne qualquer negociação de segurança condicional à cessação prévia dos ataques israelitas.
A liderança histórica do Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irão tal como o Hamas, foi eliminada pelas forças israelitas.
Também o Hamas realizou vários ataques contra Israel a partir do Líbano, onde tem uma presença armada.
Israel efetuou ataques aéreos que mataram oficiais do Hamas, incluindo um dos principais chefes militares do grupo, Saleh Arouri, em Beirute.
O Hamas governa a Faixa de Gaza desde 2007 e enfrenta uma ofensiva israelita desde que atacou Israel em 07 de outubro de 2023.
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