O ataque ocorreu no sábado na província de Cabo Delgado, o principal foco no país da violência travada desde 2017 por movimentos fundamentalistas ligados ao grupo extremista Estado Islâmico.
A violência, que já causou quase 6 mil mortes, incluindo 2.500 civis, de acordo com a organização não-governamental (ONG) Acled, que recolhe dados em zonas de conflito, obrigou mais de um milhão de pessoas a abandonar as suas áreas de residência e levou à suspensão de um gigantesco projeto de exploração de gás pela TotalEnergies.
Kigali anunciou em 2021 que iria enviar cerca de mil dos seus soldados e polícias para Moçambique para ajudar o país a combater a insurreição extremista, que nos últimos meses lançou vários ataques na província de Cabo Delgado, com ricas reservas de gás natural.
Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos na província, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo dados divulgados recentemente pelo Centro de Estudos Estratégicos de África, uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano que analisa conflitos em África.
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