Portugal e Moçambique "arrancam" juntos para um futuro a executar rápido

"É preciso ganhar o futuro. E ganhar a esperança de mais gente para esse futuro. E estamos juntos nisso", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Moçambique: PR Marcelo Rebelo de Sousa reúne com homólogo Daniel Chapo

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Lusa
26/06/2025 11:08 ‧ há 4 horas por Lusa

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O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje em Maputo, após ser recebido pelo homólogo moçambicano, que os dois países "arrancam" juntos para o futuro, que tem de ser "executado rápido" porque as "pessoas não esperam".

 

"É preciso ganhar o futuro. E ganhar a esperança de mais gente para esse futuro. E estamos juntos nisso", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, após a reunião, na Presidência da República, em Maputo, com o chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, que durou cerca de 40 minutos.

"E o importante daquilo de que falámos hoje, e continuará na semana que vem a ser tratado, é que não há casos", sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, recordando a presença, consigo, da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Ana Isabel Xavier, e o do ministro da Economia e da Coerção Territorial, Manuel Castro Almeida.

"Trocando por miúdos, de quem tem a economia e o relacionamento económico com parceiros e parceiros irmãos, como é o caso de Moçambique, e tem os fundos estruturais, uma parte deles de origem europeia: não é um acaso a sua presença nesta delegação, porque precisamente passará, pelo senhor ministro, a preparação, o estudo daquilo que vai ser a cooperação entre Moçambique e Portugal, Portugal e Moçambique, nos domínios económicos e financeiros, neste novo ciclo, com a ideia de que tem que ser tudo pensado rápido, programado rápido e executado rápido, porque o tempo não espera, as pessoas não esperam", disse.

Marcelo Rebelo de Sousa participou na quarta-feira nas comemorações dos 50 anos da proclamação da independência de Moçambique -- 25 de junho de 1975 -, e Daniel Chapo realiza nos próximos dias uma visita de trabalho a alguns países europeus, que incluio Portugal, em 03 de julho.

"Eu, que já faço política há muito tempo, embora não seja a minha ocupação vocacional, tenho a ideia exata do que era fazer política há 40 anos, há 30 anos, há 20 anos, há 10 anos. O tempo acelerou. Acelera todos os dias. As necessidades aceleram. A pressão das necessidades acelera. E, portanto, a resposta tem de acelerar", defendeu.

"E agora percebem porque era tão importante que o Presidente português estivesse com o Governo neste momento e não noutros. Este é o momento maior de evocação do passado, mas sobretudo arranque para o futuro. E assim arrancamos juntos. E esse é o objetivo, arrancarmos juntos para o futuro", disse ainda Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações ao lado de Daniel Chapo, empossado em 15 de janeiro, cerimónia em que o Presidente português não esteve presente.

O chefe de Estado português afirmou igualmente que o que tem dito em relação a Portugal, sobre a entrada num "novo ciclo histórico", aplica-se também a Moçambique, desde logo na "substituição de gerações".

"Significa um novo ciclo histórico. Uns saem e outros entram. De alguma maneira, eu percebi que o mesmo se passa também, com respeito a Moçambique (...). Temos a sensação, e voltando aqui fisicamente a Moçambique, à minha segunda pátria, de que não é apenas haver novas pessoas, haver novos desafios e haver um novo ciclo, que se inicie ao mesmo tempo em Portugal e em Moçambique. E que pode ser e deve ser iniciado de mãos dadas. E está a ser iniciado de mãos dadas", garantiu.

Para Marcelo Rebelo de Sousa os desafios de ambos os países "são muito os mesmos", do desenvolvimento económico sustentável, "com condições sociais, justiça social, indo ao um encontro de quem tem novas necessidades", no caso português "um país mais envelhecido, tem uma parte da população mais velha, mas quer num país, quer num outro país, tem uma população nova, jovem, com novos desafios".

"Ao mesmo tempo, a preocupação de ter para isso uma colaboração económica e financeira sólida, valorizar sempre aquilo que nos projeta no mundo em termos de língua, de cultura, de abertura universal. São desafios que têm um outro desafio, que este é muito novo, que é a aceleração do tempo", concluiu.

Marcelo Rebelo de Sousa chegou a Maputo cerca das 19:00 locais (18:00 em Lisboa) de terça-feira e deixou Moçambique pelo final da manhã de hoje, com honras militares na base aérea da capital moçambicana.

Leia Também: Moçambique vê relações "extraordinárias" com Portugal após ida de Marcelo

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