Australianos votam no sábado após campanha marcada por tarifas de Trump

Os principais candidatos a primeiro-ministro da Austrália, o trabalhista Anthony Albanese e o conservador Peter Dutton, encerraram hoje a campanha das eleições de sábado, marcada pelas tarifas de Donald Trump e pelo custo de vida.

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Lusa
02/05/2025 15:16 ‧ ontem por Lusa

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Austrália

Albanese, 62 anos, primeiro-ministro desde a vitória nas eleições de maio de 2022, procura renovar o mandato por três anos com um discurso repleto de compromissos e avanços sociais, ao mesmo tempo que atiça o medo da coligação da oposição.

 

"Em tempos de incerteza, podem ter a certeza de que os trabalhistas têm um plano para construir o futuro da Austrália, e podem ter a certeza de que a coligação [conservadora] vai fazer cortes e o caos", afirmou, ao encerrar a campanha.

Albanese prometeu viajar para os Estados Unidos se mantiver o poder para negociar as tarifas impostas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

Além das tarifas de base de 10% sobre importações de qualquer país, em vigor desde 05 de abril, a Austrália também foi atingida pelas taxas de 25% sobre o aço e o alumínio, apesar de os Estados Unidos terem um excedente comercial com o país da Oceânia.

A imagem de Trump tem sido um dos pesos da campanha de Dutton, 54 anos, chefe da coligação Liberal-Nacional, que previu hoje "grandes surpresas" na noite das eleições.

"O que diria aos australianos nestas eleições é que têm uma escolha e um momento decisivo. (...) Não tenho dúvidas de que podemos ganhar as eleições e colocar o nosso país de novo no caminho certo", afirmou Dutton no último comício.

A estratégia da oposição, com numerosas "piscadelas de olho" que imitavam as políticas de Trump, parecia estar a funcionar e permitiu-lhe liderar as sondagens até ao final de 2024.

Mas a imprevisibilidade da política tarifária de Washington após a chegada de Trump à presidência e alguns erros reconhecidos durante a campanha prejudicaram as hipóteses de Dutton, que se encontra agora em desvantagem.

Uma sondagem da RedBridge-Accent divulgada na quarta-feira mostrava que 53% dos inquiridos tencionavam votar nos trabalhistas, contra 47% na coligação conservadora de Dutton, tendo em conta apenas os principais partidos da Austrália.

Os especialistas admitem a possibilidade de os trabalhistas não conseguirem obter uma maioria absoluta e serem forçados a fazer acordos com partidos minoritários ou deputados independentes para assegurar o governo.

Mais de 18 milhões de australianos são obrigados por lei a votar nas eleições, dos quais cerca de 40% já votaram antecipadamente, segundo dados da Comissão Eleitoral Australiana.

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