Bruxelas apela à contenção após bombardeamento israelita a Damasco

A Comissão Europeia pediu hoje a "máxima contenção" a todas as partes e que evitem mais violência após a aviação israelita ter atacado hoje de manhã uma zona próxima do palácio presidencial em Damasco, na Síria.

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© OMAR HAJ KADOUR/AFP via Getty Images

Lusa
02/05/2025 14:19 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Síria

"Apelamos veementemente a todos os intervenientes, independentemente do seu papel, a máxima contenção e que evitem quaisquer novos actos de violência, de forma a garantir a proteção dos civis e a respeitar o direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário", afirmou o porta-voz da comissão, Anouar El-Anouni, durante a conferência de imprensa diária da instituição.

 

O porta-voz acrescentou que, "em termos da recente atividade israelita na Síria", a União Europeia (UE) "apela a todos os intervenientes para que respeitem a independência, a soberania, a unidade e a integridade territorial da Síria dentro das suas fronteiras".

"A União Europeia insta veementemente Israel a respeitar os termos do acordo de 1974 sobre a retirada das forças que supervisionam as Colinas de Golã na Síria", referiu.

O ataque israelita foi confirmado pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e pelo ministro da Defesa, Israel Katz, que o descreveram como "uma mensagem clara ao regime sírio", num comunicado divulgado pelos meios de comunicação locais.

"Não permitiremos que as tropas sírias avancem para sul de Damasco nem representem qualquer ameaça para a comunidade drusa", disseram Netanyahu e Katz.

O ministro da Defesa israelita já tinha avisado o Presidente da transição síria, Ahmed al-Chaara, na quinta-feira, que o seu país responderia "muito severamente" se "os ataques contra os drusos na Síria não cessassem".

Israel bombardeou a cidade síria de Ashrafieh Sahnaya, nos arredores de Damasco, na passada quarta-feira, após confrontos entre as forças do Governo sírio e grupos ligados à minoria drusa.

Os grupos armados ligados à comunidade drusa da Síria estão envolvidos em confrontos intensos com as forças do Estado desde terça-feira, fazendo dezenas de mortos e provocando a intervenção israelita em nome da minoria religiosa.

Na quinta-feira, a organização Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) elevou para 101 o número de mortos nos confrontos armados que ocorreram nos últimos dois dias no sul da Síria. As autoridades não forneceram números oficiais de vítimas.

O porta-voz da Comissão Europeia declarou hoje que a UE está "muito alarmada com a violência que eclodiu" nos subúrbios da capital síria.

"Condenamos toda a violência e apelamos, em particular, à proteção dos civis. Estes incidentes são um claro lembrete de que as instituições estatais devem assumir a responsabilidade de manter a ordem e proteger a população em toda a Síria", afirmou Anouar El-Anouni.

O porta-voz da Comissão acrescentou que as autoridades sírias devem também continuar "os esforços contínuos para promover a estabilidade e priorizar o trabalho relacionado com a justiça de transição e a reconciliação".

Sobre o processo de flexibilização das sanções da UE à Síria - após a queda do regime do Presidente sírio Bashar al-Assad, em 08 de dezembro, após 11 anos de guerra civil -, o porta-voz disse que o roteiro da UE se mantém inalterado.

"O alívio das sanções é gradual e reversível", afirmou, referindo que os próximos passos serão decididos "à luz da situação no terreno".

Leia Também: Síria? Israel diz que ataques são "mensagem firme" para proteger minoria

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