Cientistas alertam que indicadores climáticos chave estão no vermelho

Gases com efeito de estufa (GEE), subida do nível do mal, limiar dos 1,5 graus centígrados (1,5ºC) de aquecimento global - uma dezena de indicadores climáticos chave estão no vermelho, alertaram 60 cientistas de renome em estudo divulgado na quinta-feira.

Calor em Portugal, praia

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
19/06/2025 07:09 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Clima

"O aquecimento de origem humana aumentou a um ritmo sem precedente, atingindo 0,27°C por década em 2015-2024", salientaram.

 

As emissões de GEE, resultantes da utilização das energias fósseis, atingiram um nível recorde em 2024, com uma média anual de 53 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na última década.

Por outro lado, as partículas poluentes no ar, que têm um efeito refrescante, diminuíram.

O estudo foi publicado na revista Earth System Science Data e resultou do trabalho de investigadores provenientes de 17 países.

O interesse deste estudo é o de fornecer indicadores atualizados, com um base anual, sem ter de esperar pelo próximo relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

Em relação a 2024, o aquecimento observado em relação à era pré-industrial atingiu os 1,52°C, dos quais 1,36°C atribuíveis apenas à atividade humana. A diferença respeita à variabilidade do clima, a começar pelo fenómeno designado El Niño.

Isto não significa que o planeta já passou o limiar do Acordo de Paris -- conter o aquecimento global em 1,5ºC -, para o que tem um horizonte de algumas décadas.

Mas a janela de oportunidade está a fechar-se cada vez mais.

O orçamento de carbono residual -- a margem de manobra, expressa quantidade total de CO2 que ainda pode ser emitida, mantendo em 50% as hipóteses de limitar o aquecimento do planeta em 1,5ºC -- está em vias de se fechar.

Este 'orçamento' é apenas de cerca de 130 mil milhões de toneladas, um pouco mais de três anos de emissões ao ritmo atual, contra cerca de 200 mil milhões há um ano.

"Tenho a tendência de ser uma pessoa otimista", disse o autor principal do estudo, Piers Forster, da Universidade de Leeds. "Mas [este estudo mostra que] tudo vai na má direção".

Leia Também: Temperatura média mundial sobe 1,24ºC acima da era pré-industrial

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