Nas últimas horas, Israel bombardeou a zona do palácio presidencial em Damasco, depois de ter ameaçado o Governo sírio com represálias caso não protegesse a minoria drusa.
O Exército israelita informou que retirou da capital três drusos sírios, feridos em confrontos nos subúrbios a sul de Damasco, para um hospital em Israel.
As autoridades militares israelitas dizem querer passar uma "mensagem firme" a Damasco, perante os ataques à minoria drusa na Síria.
O chefe do Estado-Maior israelita, Eyal Zamir, ordenou ainda que o Exército fique de prontidão para atacar alvos do Governo na Síria na eventualidade de novos casos de violência contra a minoria drusa naquele país.
Na noite de segunda-feira, eclodiram confrontos nos subúrbios de Damasco, depois de uma mensagem -- atribuída a um druso e insultando o Islão - ter sido divulgada nas redes sociais.
Os confrontos entre combatentes drusos e islamitas ligados ao Governo sírio, primeiro em Jaramana e depois em Sahnaya, fizeram 39 mortos em dois dias, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Na quinta-feira, o líder religioso druso mais influente da Síria criticou o regime sírio, denunciando uma "campanha genocida" contra a sua comunidade, depois dos confrontos do início da semana.
As autoridades religiosas, os líderes tradicionais e os grupos drusos armados sublinharam ainda que a sua comunidade constituía "uma parte inalienável" da Síria, após uma manifestação na noite de quinta-feira na cidade de Sweida, no sul do país.
Em resposta, Israel disse ter mobilizado o Exército para monitorizar a situação.
"O Exército está a acompanhar os acontecimentos na região, com tropas posicionadas e prontas para a defesa", disseram as autoridades israelitas.
Os drusos - uma comunidade esotérica descendente de um ramo do Islão - vivem sobretudo no Líbano, em Israel e na Síria, incluindo os Montes Golã anexados por Israel.
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