ONU estima que Gaza enfrente a pior crise humanitária desde 2023

O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) estimou hoje que Gaza esteja a enfrentar a sua pior crise humanitária "em 18 meses após o início das hostilidades em outubro de 2023".

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Lusa
23/04/2025 13:35 ‧ há 2 semanas por Lusa

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No seu mais recente relatório sobre a Faixa de Gaza, o OCHA precisou que os ataques "terrestres, marítimos e aéreos" continuam a cercar os habitantes palestinianos numa altura em que se contam mais de 50 dias de bloqueio da ajuda humanitária que "privou as pessoas do necessário para a sobrevivência humana".

 

"A insegurança e as restrições de acesso obrigaram os parceiros humanitários a encerrar os centros de nutrição ou a interromper a prestação de serviços, numa altura em que a situação nutricional em Gaza continua a deteriorar-se", declarou o OCHA no documento que é atualizado duas vezes por semana.

Segundo o organismo, Israel tem como alvo campos de refugiados e edifícios residenciais, especialmente em Rafah e na cidade de Gaza, registando cerca de 420.000 pessoas deslocadas.

O bloqueio israelita da ajuda humanitária está em vigor desde 02 de março, impedindo a entrada de alimentos e material médico, tendo ainda sido registada a morte de trabalhadores de organizações não-governamentais e da ONU.

No total, desde outubro de 2023, pelo menos 418 trabalhadores humanitários, incluindo 295 funcionários da ONU, foram mortos em Gaza

O chefe interino do OCHA para a Palestina, Jonathan Whittall, garantiu que população de Gaza está a sofrer de "fome, bombardeamentos, estrangulamento e privação das necessidades básicas para a sobrevivência humana", chamando-lhe "privação intencional" e o que parece ser um "desmantelamento deliberado da vida palestiniana".

O conflito em Gaza teve origem no ataque dos islamitas palestinianos do Hamas a 07 de outubro de 2023 que, segundo Telavive, provocou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.

Em resposta, Israel tem atacado o enclave, o que causou mais de 51 mil mortos, segundo as autoridades locais.

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