ONU suspende ajuda humanitária na África ocidental por falta de fundos

O Programa Mundial Alimentar das Nações Unidas (PAM) alertou hoje que vai parar as operações de ajuda humanitária em abril, por falta de financiamento, deixando mais de 50 milhões de pessoas em risco de fome no verão.

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Lusa
07/03/2025 11:42 ‧ 07/03/2025 por Lusa

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abril

"Em abril de 2025, os défices de financiamento vão obrigar o PAM a suspender a assistência alimentar e nutricional a dois milhões de pessoas afetadas pela crise, incluindo refugiados sudaneses no Chade, refugiados malianos na Mauritânia, deslocados internos e famílias vulneráveis afetadas pela insegurança alimentar no Burquina Faso, Mali, Níger e Nigéria", disse o PAM num comunicado citado pela agência espanhola de notícias, a EFE.

 

Esta agência das Nações Unidas afirmou que precisa urgentemente de 620 milhões de dólares, cerca de 570 milhões de euros, para garantir a continuação do apoio às pessoas afetadas pela crise no Sahel e na Nigéria durante os próximos seis meses.

"Antevemos que milhões de pessoas enfrentam níveis de emergência relativamente à fome no pico da temporada de seca, pelo que o mundo deve intensificar o apoio para evitar que esta situação resvale para fora de controlo", acrescentou a diretora regional do PAM para a África ocidental, Margot van der Velden, citada no comunicado.

"A inação terá graves consequências para a região e não só, já que a segurança alimentar é sinónima de segurança nacional", acrescentou a responsável.

A última avaliação regional de segurança alimentar, feita em dezembro do ano passado, mostra que a África ocidental está no meio de uma grave crise de segurança alimentar e nutricional, lembrou a PMA, sublinhando que se estima que quase 53 milhões de homens, mulheres e crianças vão enfrentar fome aguda entre junho e agosto deste ano.

A crise nesta região africana é motivada por conflitos, deslocamentos forçados de pessoas, crises económicas e graves perturbações climáticas, com inundações devastadoras em 2024 que afetaram mais de seis milhões de pessoas nesta região africana que inclui os lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau.

Leia Também: ONU desbloqueia 102 milhões para compensar cortes na ajuda humanitária

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