Celac cancela reunião devido à crise diplomática entre Colômbia e EUA

As Honduras cancelaram uma reunião de emergência da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que tinha sido convocada para quinta-feira, devido à crise diplomática entre a Colômbia e os Estados Unidos.

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Lusa
29/01/2025 06:16 ‧ 29/01/2025 por Lusa

Mundo

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros das Honduras confirmou, na terça-feira, a suspensão da reunião em que participaria pessoalmente o Presidente colombiano Gustavo Petro.

 

"Honduras, no exercício da Presidência 'pro tempore' [rotativa] da Celac, cancelou a reunião extraordinária de chefes de Estado e de Governo", informou o ministério, em comunicado.

A Presidente hondurenha, Xiomara Castro, tinha convocado no domingo os líderes da Celac para um encontro na qual iriam discutir temas como "migração, ambiente e unidade latino-americana e caribenha".

A Presidente hondurenha indicou que a reunião tinha sido "agendada em formato híbrido" e que Petro tinha confirmado "a sua participação presencial em Tegucigalpa", capital das Honduras.

O ministério dos Negócios Estrangeiros das Honduras disse no comunicado que o país tem promovido o debate sobre "os migrantes e os seus direitos, tanto em trânsito para o país de acolhimento tal como no âmbito as leis dos Estados Unidos, assim como os efeitos e ao impacto social e económico em toda a região".

As deportações em massa de migrantes iniciadas pelos Estados Unidos constituem "uma preocupação comum que deve ser abordada de forma objectiva e responsável", afirmou o ministério.

A reunião da organização foi convocada depois do novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado a aplicação de tarifas, restrições de vistos e outras medidas de retaliação contra a Colômbia.

Isto depois do Governo de Gustavo Petro ter impedido a entrada de aviões militares norte--americanos que transportavam pessoas deportadas.

Horas depois, a Presidência dos Estados Unidos disse que a Colômbia aceitou as condições de Trump para o repatriamento de migrantes ilegais e que, por isso, foram suspensas as sanções contra Bogotá.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Colômbia confirmou no domingo à noite que o impasse com os Estados Unidos foi superado e que a Colômbia aceitou as condições de Trump para o repatriamento.

"Continuaremos a receber os colombianos que regressam como deportados, garantindo-lhes condições dignas como cidadãos com direitos", disse Luis Gilberto Murillo, numa conferência de imprensa.

Gustavo Petro tinha explicado na rede social X que as autoridades colombianas sempre aceitaram receber deportados, mas nunca iriam aceitar que tal aconteça em voos militares e com as pessoas algemadas.

A Presidência colombiana tinha anunciado o envio do avião presidencial para "facilitar o regresso digno" de imigrantes deportados dos EUA, um anúncio reiterado por Luis Gilberto Murillo.

Leia Também: Voos de deportação de colombianos nos Estados Unidos retomados hoje

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