"UE quer alargar guerra. O cenário mau continua a ser o mais provável"

Antigo presidente russo deixa críticas aos líderes europeus.

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Notícias ao Minuto
12/11/2024 09:23 ‧ há 3 semanas por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Dmitry Medvedev, ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, afirmou que os políticos europeus estão a procurar "alargar a guerra aos seus territórios", o que significa que "o cenário mau continua a ser o mais provável". 

 

"Francamente, é simplesmente espantoso até que ponto a atual geração de políticos europeus procura alargar a guerra aos seus territórios. Para gáudio dos americanos, aliás, e contra a vontade dos seus próprios povos", escreveu Medvedev numa publicação na rede social Telegram, que é citada pela agência estatal russa TASS. 

"Todas as lições da Segunda Guerra Mundial se desvaneceram. Os dirigentes europeus experientes e simplesmente inteligentes passaram à história. O que chegou ao poder são pessoas sem valor com uma autoestima inflacionada", acrescentou, frisando que isto significa que "o cenário mau continua a ser o mais provável". 

O responsável russo afirmou ainda que os líderes europeus estão a viver um "outono triste" após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos e nomeou nomes e especificou situações. 

"Primeiro, há um francês [Emmanuel Macron] que defende o apoio a Kyiv em caso de retirada dos Estados Unidos, depois há os chefes da NATO a tentarem ter ideias inteligentes sobre como se envolver ativamente numa guerra connosco durante muito tempo. E agora o candidato à chancelaria alemã [Friedrich] Merz lançou um ultimato à Rússia. Ou termina a operação militar especial, ou fornecemos mísseis Taurus aos ucranianos", descreveu Medvedev.

 "O objetivo é levar o conflito com a Rússia a uma fase irreversível", rematou.

Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

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