Fundador do Telegram investigado também por violência contra filho em França

O fundador do Telegram, Pável Dúrov, detido em França num processo que envolve a plataforma de mensagens encriptadas, está também a ser investigado por "violência agravada" contra um dos seus filhos, revelou hoje fonte ligada ao processo.

Telegram founder and CEO Pavel Durov delivers his keynote conference during day two of the Mobile World Congress at the Fira Gran Via complex in Barcelona, Spain on February 23, 2016. The annual Mobile World Congress hosts some of the world's largest comm

© Getty Images

Lusa
28/08/2024 20:50 ‧ 28/08/2024 por Lusa

Mundo

Pável Dúrov

A investigação, a cargo do Gabinete dos Menores (Ofmin) foi aberta recentemente, referiu fonte ligada ao processo à agência France-Presse (AFP).

 

O crime terá sido cometido contra um filho nascido em 2017, enquanto frequentava a escola em Paris, acrescentou.

O menino vive agora na Suíça com a mãe, que apresentou queixa na Suíça em 2023, acusando o seu ex-companheiro de violência contra um dos seus filhos, detalhou ainda a mesma fonte.

Dúrov foi hoje presente perante a justiça francesa num processo que inclui 12 acusações relacionadas com a divulgação através do Telegram -- plataforma que conta com quase mil milhões de utilizadores -- de conteúdos criminosos relacionados com tráfico de droga, pornografia infantil e burlas.

A lista de crimes inclui a cumplicidade na administração de uma plataforma 'online' para permitir transações ilícitas por parte de gangues organizados; a recusa em cooperar com as autoridades através da partilha de documentos ou informações necessárias para evitar atos ilegais; e a cumplicidade em fraudes e tráfico de droga.

O bilionário de origem russa, de 39 anos, foi detido no sábado após aterrar num avião privado no aeroporto privado de Le Bourget, perto de Paris.

Dúrov - que também tem nacionalidade francesa e dos Emirados Árabes Unidos (EAU) - reside no Dubai, onde a plataforma Telegram tem a sua sede.

Após a detenção do seu fundador e CEO, a empresa associada à Telegram divulgou um comunicado no qual assegura que a plataforma "cumpre as leis da União Europeia (UE), incluindo a Lei dos Serviços Digitais" e que "a sua moderação está dentro dos padrões da indústria da UE e melhora constantemente".

"Pável Dúrov não tem nada a esconder e viaja frequentemente pela Europa. É absurdo que uma plataforma ou o seu proprietário sejam responsáveis por abusos na sua rede", acrescenta o comunicado.

Leia Também: Fundador do Telegram transferido para comparecer perante juiz em França

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