A Justiça australiana condenou uma mulher a três anos de prisão, por ter forçado a filha a casar com um homem que, seis semanas depois do casamento, a matou. Terá de cumprir, no mínimo, um ano de prisão efetiva, podendo depois cumprir o resto da pena no âmbito da sua comunidade local.
Segundo a BBC, Sakina Muhammad Jan, com cerca de 40 anos, foi considerada culpada de coagir a filha, Ruqia Haidari, a casar com Mohammad Ali Halimi, em 2019, a troco de uma pequena quantia de dinheiro.
Ao fim de seis semanas de casamento, Halimi matou a jovem, valendo-lhe uma pena de prisão perpétua pelo crime.
A BBC explica que as leis relativas ao casamento forçado foram introduzidas na Austrália em 2013 e carregam uma pena máxima de sete anos de prisão. Existem vários casos pendentes, mas o de Jan foi o primeiro a culminar numa sentença.
A mulher, que chegou à Austrália em 2013 com os cinco filhos, fugindo da repressão dos Talibã, no Afeganistão, admitiu "dor" pela morte da filha, mas considera-se inocente.
Leia Também: Noiva organiza casamento e vai até ao altar mas... não tinha noivo