O Ministério da Saúde palestiniano referiu, em comunicado, que um dos feridos está em estado grave, na sequência de um ataque à cidade de Kafr Malik, no qual colonos israelitas incendiaram uma casa e vários veículos.
Num comunicado posterior, o Exército israelita afirmou que quer polícias, quer militares, tentaram dispersar os confrontos e que, depois de os palestinianos "dispararem desde dentro da aldeia e atiraram pedras contra as forças", os soldados abriram fogo.
"Os feridos foram identificados e soube-se que havia vários feridos e mortos", pode ler-se no comunicado militar.
"Cinco suspeitos israelitas foram detidos e transferidos para a polícia israelita para posterior processamento", acrescentou a mesma fonte, sem adiantar mais pormenores.
Fontes no local citadas pela agência noticiosa oficial palestiniana Wafa sublinharam que os soldados protegeram as "dezenas de colonos" que atacaram a cidade e dispararam impunemente contra os habitantes palestinianos que tentaram confrontar os atacantes.
Desde que Israel iniciou a invasão ao enclave palestiniano da Faixa de Gaza, também aumentou a expansão dos colonatos na Cisjordânia e a violência contra a população palestiniana.
De acordo com uma contagem do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e uma contagem da agência Efe utilizando dados de óbitos do Ministério da Saúde palestiniano, desde o início de 2025, pelo menos 146 palestinianos morreram na Cisjordânia, incluindo 29 menores.
Os ataques de colonos israelitas a comunidades palestinianas são frequentes na Cisjordânia ocupada e, desde outubro de 2023, mais de 60 comunidades pastoris palestinianas desapareceram ou foram deslocadas à força devido à violência dos colonos, segundo dados da organização não-governamental (ONG) israelita Btselem.
Paralelamente, foram criados 87 novos postos avançados de colonatos (ou inícios de colonatos) e pelo menos 40 novos colonatos nestes 19 meses, segundo dados da ONG Peace Now.
Estes colonatos são ilegais segundo o direito internacional e tornam impossível a criação territorial de um Estado palestiniano.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023. Neste ataque morreram mais de 1.200 pessoas e cerca de 250 foram sequestradas.
Mais de 56.000 palestinianos, na maioria civis, foram mortos na Faixa de Gaza na campanha militar de retaliação israelita, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
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