Renamo diz que deputado Venâncio Mondlane é "assunto do passado"

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior força da oposição, afirma que o "assunto Venâncio Mondlane é do passado", numa altura em que o deputado e membro do partido já recolhe assinaturas para concorrer à Presidência.

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Lusa
23/05/2024 07:54 ‧ 23/05/2024 por Lusa

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Moçambique

"No sétimo congresso nós fechámos a página do mandato passado. Portanto, para nós, agora, o foco são as eleições. Assunto Venâncio Mondlane é assunto do passado", disse o porta-voz da Renamo, José Manteigas, em declarações aos jornalistas, em Maputo.

Venâncio Mondlane, 50 anos, deputado e candidato do partido nas últimas eleições autárquicas de 2023 à autarquia de Maputo, iniciou na terça-feira a recolha das 10 mil assinaturas necessárias para concorrer a Presidente da República nas eleições gerais de 09 de outubro, depois de não ter conseguido concorrer à liderança da Renamo no congresso da semana passada.

Em reação às marchas, que decorrem na província central da Zambézia, de contestação à reeleição de Ossufo Momade como presidente da Renamo, e com algumas pessoas a apoiarem Venâncio Mondlane, José Manteigas disse que o processo eletivo decorreu de forma democrática e que o líder teve "uma vitória expressiva".

"Ele teve uma vitória expressiva e é um presidente legítimo (...). Esperamos que isso não constitua motivo de desânimo dos moçambicanos porque o partido, com o congresso, abriu uma nova página e para nós a frente é que é o caminho para preparar as eleições", acrescentou o porta-voz do maior partido da oposição.

Manteigas referiu ainda que o partido está "robusto e com os órgãos fresquinhos" para a preparação das eleições de 09 de outubro, após a realização do sétimo congresso na semana passada em Alto Molócue, na Zambézia, centro de Moçambique.

O presidente da Renamo, Ossufo Momade, 63 anos, será candidato da Renamo ao cargo de Presidente da República, conforme decisão tomada pelo congresso.

Ossufo Momade já tinha concorrido a Presidente da República, com o apoio da Renamo, nas eleições de 2019, tendo ficado em segundo lugar, com 21,88%, numa votação que reelegeu Filipe Nyusi como chefe de Estado, com 73% dos votos.

O conselho jurisdicional da Renamo confirmou na sexta-feira a reeleição de Ossufo Momade como presidente do partido que lidera desde 2019, obtendo 57% dos votos no congresso, garantindo assim um novo mandato de cinco anos.

O congresso ficou marcado pela exclusão da candidatura à liderança de Venâncio Mondlane, por não cumprir os requisitos do perfil definido pelos órgãos do partido.

Mondlane ainda recorreu aos tribunais para forçar a inclusão da sua candidatura, mas, apesar de uma providência cautelar que foi aceite pelo tribunal, o congresso não alterou a lista de candidatos submetidos à votação nem permitiu a sua entrada na reunião magna.

Estavam inscritos para votar no sétimo congresso da Renamo 710 elementos do partido e registaram-se 674 votos expressos em urna, incluindo 26 abstenções, quatro nulos e seis em branco.

Elias Dhlakama, irmão do líder histórico do partido, recolheu 147 votos e Ivone Soares, deputada e antiga chefe de bancada parlamentar, a primeira mulher a concorrer à liderança da Renamo, 78 votos, segundo os dados do conselho jurisdicional.

Moçambique realiza em 09 de outubro eleições gerais, que incluem, além de legislativas e provinciais, presidenciais, às quais já não pode concorrer o atual Presidente, Filipe Nyusi, por ter atingido o limite constitucional de dois mandatos.

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