Meteorologia

  • 13 MAIO 2024
Tempo
16º
MIN 14º MÁX 22º

MNE polaco espera que Scholz decida enviar mísseis Taurus para Kyiv

O ministro polaco dos Negócios Estrangeiros, Radoslaw Sikorski, espera que o debate alemão sobre a entrega de mísseis de longo alcance Taurus à Ucrânia, que o chanceler alemão Olaf Scholz se recusa a aceitar, seja alterado.

MNE polaco espera que Scholz decida enviar mísseis Taurus para Kyiv
Notícias ao Minuto

10:20 - 28/04/24 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"Os Estados Unidos entregaram mísseis de longo alcance à Ucrânia. Os famosos mísseis ATACMS com um alcance de 300 quilómetros. E espero que o vosso chanceler compreenda que se trata de uma resposta à drástica escalada russa", disse Sikorski numa entrevista ao diário Bild.

Scholz recusa-se a entregar mísseis Taurus com um alcance de 500 quilómetros à Ucrânia porque teme envolver a Alemanha na guerra, afirmando que os soldados alemães teriam de programar os mísseis, que poderiam atingir o território russo, e o chanceler não quer perder o controlo sobre os alvos que poderiam ser atingidos.

No dia anterior, o político social-democrata afirmou, no lançamento da campanha do seu partido para as eleições europeias, em Hamburgo, que a Alemanha deu mais ajuda a Kyiv do que qualquer outro país europeu e que vai continuar a apoiar a Ucrânia, mas de forma "prudente".

O chefe da diplomacia polaca afirmou ainda que "os políticos alemães parecem estar satisfeitos com o facto de a Rússia só estar pronta daqui a quatro ou cinco anos" para invadir outros países, porque nessa altura "a Alemanha estará pronta".

"Mas a questão é que, antes de a Rússia chegar à Alemanha, tem de chegar a outros países", sublinhou.

"Temos uma escolha: ou temos um exército russo derrotado fora das fronteiras da Ucrânia ou um exército russo vitorioso na fronteira com a Polónia. E o que Putin faria então seria o que Hitler fez com a Checoslováquia, pegaria na indústria e no povo da Ucrânia e mobilizá-los-ia para se deslocarem para outros países", alertou.

"É melhor parar Putin na Ucrânia, 500-700 quilómetros a leste daqui", acrescentou.

Em contrapartida, o ministro não vê sinais de uma ameaça nuclear por parte de Putin.

"Não há sinais físicos de que as ogivas nucleares tenham sido retiradas do armazém. Saberíamos de antemão se isso acontecesse", afirmou. Em todo o caso, acrescentou, Putin não pode decidir sozinho utilizar armas nucleares.

"Não se trata de armas que ele possa ativar com o premir de um botão. Há uma cadeia de comando normal do Ministério da Defesa e do Estado-Maior para as utilizar. Ele tem de convencer os seus generais a cumprirem essa ordem. Esses generais sabem que, se cumprirem essa ordem, tornar-se-ão criminosos de guerra", afirmou.

"Também sei o que foi publicado nos jornais. Os EUA disseram à Rússia, de forma muito enfática, que usariam as suas forças convencionais para destruir quaisquer alvos russos nos territórios ocupados da Ucrânia se explodissem uma bomba nuclear (...). Penso que isso é um forte fator de dissuasão", afirmou.

Leia Também: MNE polaco apoia Macron sobre envio de tropas da NATO para Ucrânia

Recomendados para si

;
Campo obrigatório