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Biden sugere que tio foi 'comido' por canibais na Segunda Guerra Mundial

O Presidente norte-americano Joe Biden distorceu esta quarta-feira detalhes importantes sobre a morte de seu tio na Segunda Guerra Mundial, durante uma homenagem em que se referiu ao rival republicano Donald Trump como indigno de servir como comandante supremo.

Notícias ao Minuto

06:40 - 18/04/24 por Lusa

Mundo EUA

Em Pittsburgh, Pensilvânia, Biden falou sobre o seu tio, o segundo-tenente Ambrose J. Finnegan Jr., com o objetivo de estabelecer um contraste com os relatos de que Trump, enquanto Presidente, quando classificou os militares caídos em combate como otários e perdedores.

Finnegan, irmão da mãe de Biden, "foi abatido na Nova Guiné", frisou Biden. O chefe de Estado disse que o corpo de Finnegan nunca foi recuperado e que "havia muitos canibais" na região. Biden, que também transmitiu uma versão da história no início do dia, depois de passar pelo memorial em Scranton, não deu detalhes.

O registo do governo dos EUA de militares desaparecidos não atribui a morte de Finnegan a ações hostis nem indica que os canibais tenham tido algum factor.

"Temos uma tradição na minha família que o meu avô começou", destacou Biden, uma criança na época da morte de seu tio em 1944.

"Quando visitamos o túmulo de um membro da família -- pode parecer estranho - dizemos três Ave-Marias. E era isso que eu estava fazendo no local", acrescentou.

Em referência a Trump, o presumível candidato presidencial do Partido Republicano, Biden disse: "Esse homem não merece ter sido o comandante supremo do meu filho, do meu tio".

O filho mais velho de Biden, Beau, morreu em 2015 de cancro no cérebro, que o Presidente afirmou acreditar estar ligado ao destacamento de um ano do seu filho no Iraque, onde os militares usaram fossas de queima para eliminar resíduos.

Alguns ex-colaboradores de Trump alegaram que o então presidente menosprezou os militares caídos como otários e perdedores quando, contaram, o magnata republicano não quis viajar em 2018 para um cemitério de mortos de guerra norte-americanos em França.

De acordo com a Agência de Contabilidade POW/MIA de Defesa do Pentágono, o tio de Biden, conhecido pela família como "Bosie", morreu em 14 de maio de 1944, enquanto passageiro de um avião das Forças Aéreas do Exército que, "por razões desconhecidas", foi forçado amarar no Oceano Pacífico, na costa norte da Nova Guiné.

"Ambos os motores falharam em baixa altitude e o nariz da aeronave atingiu a água com força. Três homens não conseguiram emergir dos destroços e perderam-se no acidente", afirma a agência sobre Finnegan.

A Casa Branca não comentou imediatamente a discrepância entre os registos da agência e o relato de Biden, noticiou a agência Associated Press (AP).

O presidente democrata também distorceu dados de quando os tios se alistaram nas Forças Armadas, dizendo que se juntaram "quando ocorreu o Dia D, no dia seguinte", em junho de 1944, quando na verdade se juntaram semanas após o ataque de 07 de dezembro de 1941 a Pearl Harbor.

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