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Pirataria aumentou no primeiro trimestre na costa da Somália

A pirataria aumentou no primeiro trimestre deste ano na costa da Somália, com dois sequestros de navios e três outros incidentes, e é uma "ameaça contínua", segundo num relatório da Organização Marítima Internacional (IMB, na sigla em inglês).

Pirataria aumentou no primeiro trimestre na costa da Somália
Notícias ao Minuto

15:57 - 11/04/24 por Lusa

Mundo Somália

No documento da IMB, entidade especializada da Câmara de Comércio Internacional (ICC, na sigla em inglês) alerta-se para um "preocupante aumento" da atividade dos piratas somalis.

Um dos dois navios sequestrados neste primeiro trimestre foi um cargueiro com uma bandeira de Bangladesh, em 12 de março, cujos 23 tripulantes foram feitos reféns por mais de 20 piratas somalis quando navegava a cerca de 550 milhas náuticas da capital, Mogadíscio.

Segundo a organização, os piratas demonstram uma "capacidade crescente", com ataques realizados a grandes distâncias da costa do país, graças à utilização de navios-mãe como barcos de pesca e 'dhows' (típicos navios à vela).

"O ressurgimento da atividade pirata somali é preocupante e, agora mais do que nunca, é crucial proteger o comércio, salvaguardar as rotas e a segurança dos marítimos que mantêm o comércio em movimento", afirmou o secretário-geral do ICC, John Denton, no relatório.

"Todas as medidas devem ser tomadas para garantir o fluxo livre e ininterrupto de mercadorias", acrescentou.

O IMB elogiou o trabalho das autoridades para libertar e garantir a segurança dos tripulantes das embarcações, referindo uma operação de 40 horas realizada pela Marinha da Índia no Oceano Índico em 15 de março, na qual foram capturados 35 piratas somalis que sequestraram os 17 tripulantes do navio.

Anteriormente, a 04 de janeiro, outro navio indiano salvou os 21 tripulantes de um navio cargueiro que foi abordado por piratas a mais de 720 quilómetros da costa leste da Somália.

A guarda costeira das Seicheles também interveio para proteger seis tripulantes de um barco de pesca numa operação em que três suspeitos de piratas somalis foram detidos.

O IMB também pediu cautela no Golfo da Guiné, onde foram relatados seis incidentes nos primeiros três meses de 2024, em comparação com cinco no mesmo período de 2023.

O relatório apontou o sequestro de nove tripulantes a bordo de um petroleiro em 01 de janeiro, a cerca de 45 milhas náuticas ao sul da ilha de Bioko, na Guiné Equatorial.

"Embora se aplauda a redução dos incidentes, a pirataria e os assaltos à mão armada no Golfo da Guiné continuam a ser uma ameaça. Uma presença naval regional e internacional contínua e robusta é crucial para responder a estes incidentes e salvaguardar a vida no mar", disse o diretor do IMB, Michael Howlett.

Globalmente, durante o primeiro trimestre de 2024, ocorreram 33 incidentes, a maioria no Sudeste Asiático (13) e na Índia (9).

Dos 33 casos, 24 navios foram abordados, seis sofreram tentativas de ataque, dois -- ambos na Somália -- foram sequestrados e um foi alvejado, enquanto 35 tripulantes foram feitos reféns, nove foram sequestrados e um foi ameaçado.

Leia Também: Somália expulsa embaixador etíope e encerra dois consulados no país

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