"Um 'drone' ucraniano lançou um dispositivo explosivo contra o veículo em que civis viajavam na cidade de Apanasovka, no distrito de Korenevski. Infelizmente, todas as três pessoas que estavam no carro morreram, incluindo duas crianças", escreveu o governador de Kursk, Roman Starovoit, na plataforma Telegram.

Apanasovka, uma pequena cidade de apenas 200 habitantes, está localizada a poucos quilómetros da fronteira com a região de Sumi, no nordeste da Ucrânia.

A Rússia tem relatado quase diariamente há várias semanas o abate de 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) e de mísseis em regiões que fazem fronteira com a Ucrânia, principalmente em Belgorod, onde os bombardeamentos inimigos deixaram mais de 26 mortos num mês e quase 200 feridos, segundo as autoridades locais.

Na terça-feira, duas pessoas morreram e outras três ficaram feridas num ataque de artilharia ucraniana na região fronteiriça russa de Bryansk, informou hoje o governador local, Alexandr Bogomaz.

Do lado ucraniano, na região de Odessa, no sul do país, quatro pessoas morreram hoje, incluindo uma menina de 10 anos, e outras sete ficaram feridas num bombardeamento russo, anunciou o governador Oleg Kiper.

"Um homem está em estado grave, os seus membros inferiores foram amputados", descreveu na rede social Telegram, alegando que a região foi atingida por mísseis balísticos russos.

Poucas horas antes, duas mulheres e uma criança tinham perdido a vida num ataque russo na aldeia de Lyptsi, na região de Kharkiv, no nordeste e junto da fronteira com a Rússia, segundo o Ministério do Interior, dando conta também de dois feridos.

O Ministério da Energia da Ucrânia informou anteriormente que duas instalações energéticas foram atingidas por ataques noturnos no sul da Ucrânia.

Trata-se de uma subestação elétrica em Mykolaiv e instalações de produção na região de Odessa. O ataque causou cortes de energia em ambas as regiões.

Segundo a Força Aérea Ucraniana, 17 'drones' e três mísseis foram disparados pela Rússia durante a noite.

A Rússia tem bombardeado infraestruturas energéticas da Ucrânia há várias semanas, particularmente no nordeste junto de Kharkiv, mas também noutras regiões, o que está a provocar cortes de energia em grande escala.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços decisivos no teatro de operações, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontam-se com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.

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