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Milhares de pinguins antárticos terão morrido após surto de gripe aviária

Uma equipa internacional de cientistas suspeita que milhares de pinguins-de-Adélia, que habitavam as costas da Antártica, morreram após um surto de gripe aviária, pelo que teme pela sobrevivência desta espécie no continente congelado, disse hoje uma das especialistas.

Milhares de pinguins antárticos terão morrido após surto de gripe aviária
Notícias ao Minuto

08:58 - 09/04/24 por Lusa

Mundo Pinguins

a primeira vez que a vida selvagem destas regiões é ameaçada por um surto em grande escala da doença", disse hoje Meagan Dewar, que liderou a expedição científica, em declarações à agencia espanhola EFE.

A cientista explicou que ainda é "difícil prever como evoluirá a situação e como o vírus se comportará no ambiente antártico".

Dewar, especialista em ciências biológicas da Federation University Australia, e os seus colegas encontraram 532 carcaças de pinguins-de-Adélia (Pygoscelis adeliae) durante o verão, no sul na ilha antártica de Heroina, no Mar de Weddell.

Acreditam que morreram de HPAIV H5, um subtipo do patógeno da gripe aviária.

A estimativa de mortalidade em toda a ilha "é, na realidade, na casa dos milhares, apenas para os pinguins Adélie" adultos e crias, disse o especialista em ciências biológicas, sem descartar a hipótese deste surto ter afetado outras espécies.

Durante a expedição, a equipa de Dewar considerou estar perante uma "mortalidade invulgar" de pinguins dado que os exemplares adultos se encontravam em boas condições corporais e a situação era diferente da taxa de mortalidade que tinha sido registada na temporada anterior.

Embora os testes moleculares realizados por esta equipa tenham sido negativos para a gripe aviária, os investigadores submeteram as suas amostras a outras análises laboratoriais para confirmar as causas destas mortes em poucos meses.

Esta equipa de cientistas inclui especialistas da Argentina, Alemanha, Austrália, Espanha e Holanda.

Paralelamente, a equipa quer determinar se o vírus provém da América do Sul ou das ilhas subantárticas, o seu impacto no futuro, bem como o eventual risco para outras espécies no continente congelado.

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