Índia. Tribunal prolonga detenção de 1 dos principais líderes da oposição
Um tribunal indiano renovou hoje, por mais duas semanas, a detenção do principal líder da oposição, Arvind Kejriwal, acusado de corrupção, anunciaram os seus advogados.
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Mundo Índia
Kejriwal foi detido pela agência indiana de combate ao crime financeiro em 21 de março por alegações de corrupção com bebidas alcoólicas, tendo a justiça decidido que ficaria sob custódia até 01 de abril.
A detenção provocou vários protestos, com os partidos da oposição a acusarem o Governo de querer afastar a concorrência nas eleições gerais, marcadas para daqui a menos de três semanas.
O Partido Aam Aadmi (AAP ou 'Homem Comum'), do qual Kejriwal é líder, afirma que o responsável foi preso sob falsas acusações e que o caso foi fabricado, mas o Partido Bharatiya Janata (BJP ou 'Partido do Povo Indiano'), do primeiro-ministro Narendra Modi, nega ter feito qualquer interferência política.
Segundo a agência que o deteve, Arvind Kejriwal e o seu partido aceitaram mil milhões de rupias (11 milhões de euros) em subornos de fornecedores de bebidas alcoólicas durante quase dois anos.
O partido negou as acusações e disse que Kejriwal permanecerá como ministro-chefe de Nova Deli mesmo enquanto estiver a debater o caso em tribunal.
O partido faz parte de uma aliança de partidos de oposição chamada ÍNDIA, que é o principal desafiador do Bharatiya Janata de Modi, nas próximas eleições.
A decisão de hoje de alargar o prazo de detenção deveu-se, segundo a agência, ao facto de Kejriwal não ter cooperado e ter dado respostas evasivas.
O caso de Kejriwal tem dominado as notícias na Índia já que o início das eleições gerais está marcado para dia 19 e os partidos da oposição afirmam que o governo está a utilizar indevidamente as agências de investigação federais para perseguir e enfraquecer os seus opositores políticos.
A oposição a Modi apontou também uma série de rusgas, detenções e investigações de corrupção de importantes figuras da oposição.
Recentemente, o movimento de oposição Congresso Nacional Indiano acusou o Governo de paralisar o partido ao congelar as suas contas bancárias.
O partido de Modi nega ter utilizado agências de aplicação da lei para atingir a oposição e diz que estas agências agem de forma independente.
A prisão de Kejriwal é vista como mais um revés para o bloco de oposição.
O bloco lançou no domingo a sua campanha eleitoral com um grande comício em Nova Deli, no qual os líderes criticaram a prisão de Kejriwal e outros responsáveis, como o seu adjunto, Manish Sisodia, e outro deputado do partido, Sanjay Singh.
Leia Também: Milhares em comício na capital da Índia criticam Modi antes das eleições
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